Sequelas de um grave acidente

Família pede ajuda para tratamento de jovem atropelada na RMC

Jovem atropelada
Foto: Arquivo pessoal

Letícia de Moura Wassen, de 22 anos, convive há mais de um ano com as sequelas de um grave acidente causado pela imprudência de um motorista em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A jovem independente, que experimentava o auge da juventude, hoje vive acamada sob o cuidado da família.

Edegar Wassen Neto, pai de Letícia, se recorda com extrema tristeza do dia 5 de agosto de 2024. Por volta das 21h30, a então estudante de biomedicina atravessava a rua em frente à faculdade, quando um motorista alcoolizado furou o sinal e atingiu a jovem. Na época, ela tinha 21 anos.

Letícia sofreu um grave Traumatismo Cranioencefálico (TCE) e ficou internada por meses em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O acidente causou inúmeras sequelas. Segundo pai, hoje ela possui dificuldades de comunicação, os membros inferiores estão atrofiados, ela faz uso de fralda e conta com a ajuda da família para se alimentar.

Jovem atropelada
Foto: Arquivo pessoal

Unidos por uma causa

Com medicamentos, higiene e profissionais, Edegar afirma que, por mês, os gastos do tratamento da filha gira em torno de R$ 18 mil à R$ 20 mil. Além disso, a jovem precisará passar por uma nova cirurgia para diminuir uma compressão no cérebro, resultado do acidente.

“A Letícia vai passar novamente por uma cirurgia para colocar uma válvula para tirar uma hidrocefalia. O médico disse que isso retarda a melhora dela”, explica. 

Ao longo desse último ano, a família conta com o apoio do Sistema Único de Saúde para a realização de fisioterapia, terapia ocupacional e psicólogo. Além disso, uma empresa de Araucária ajuda a família com as fraldas. Porém, para arcar com os cuidados 24h que ela demanda, a família recorre a doações em dinheiro e rifas.

A rifa é feita de forma on-line pelo site Rifei. Ainda há mais de 5,9 mil números disponíveis para serem escolhidos. Cada número custa R$ 10. A lista de prêmios varia de vouchers a serviços, como um ensaio fotográfico.

Edegar afirma que independente do valor, toda iniciativa ajuda. Segundo ele, hoje a busca de toda a família e amigos é oferecer mais conforto para a jovem.

“Sei que muita gente já nos ajudou e muita gente continua nos ajudando. De novo, que Deus abençoe todas essas pessoas. A gente não consegue custear isso tudo e a gente reza que, após essa cirurgia, a Letícia vai conseguir progredir”, conta.

Interessados também podem realizar doações voluntárias a partir do PIX: (41) 99711-4387. A instituição financeira é Itaú Unibanco.

Jovem atropelada
Foto: Arquivo pessoal

Forças para se manter em pé

Como pai, Edegar diz que é triste ver um filho nessas condições. Ele afirma que tenta ser forte, visto que ele é o alicerce dela, mas nem sempre é fácil.

“Eu peço a Deus todos os dias que me deixe de pé, que me dê força, que me dê saúde. É só o que eu peço para que eu possa ajudar ela”.

Letícia é mãe de um menino de dois anos. Edegar e Maria Patrícia de Moura Wassen, mãe da jovem, também são os responsáveis pelos cuidados da criança que vive com eles.

Justiça por Letícia

De acordo com o advogado André Augusto Teubner, o caso de Letícia corre tanto no âmbito criminal, quanto civil.

Conforme confirmado pela Polícia Civil do Paraná, o motorista foi indiciado em setembro de 2024 por embriaguez ao volante e lesão corporal grave. Porém, até o momento, a família aguarda que o Ministério Público proponha a denúncia. A reportagem procurou o órgão, mas, até a publicação desta reportagem, ainda não teve retorno.

No âmbito civil, a família busca uma pensão vitalícia e uma indenização para que o motorista arque com os custos. Teubner explica que, neste caso, eles entraram com um liminar e a Justiça fixou uma pensão, porém não foi feita a penhora do salário do condutor, impedindo que o caso pudesse ter um desfecho. A reportagem aguarda um retorno do Tribunal de Justiça sobre o caso.

“É dever de quem conduziu e o proprietário daquele carro arquem com todas essas questões. Temos liminar, temos até uma multa de descumprimento, mas não há uma efetividade dessa ação em prol da família”, ressalta.

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