Um grupo de jovens e estudantes se reúnem na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, para protestar contra o aumento da passagem de ônibus na capital no fim da tarde desta quinta-feira (02). A Prefeitura de Curitiba reajustou a tarifa, que era de R$ 5,50, para R$ 6. O novo valor passou a valer já neste mês de março.

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Mariana Chagas, presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), acredita que o aumento é extremamente abusivo. “Hoje, para quem paga duas passagens, no final do mês dá 10% de salário mínimo, o que não cabe no bolso dos paranaenses, dos trabalhadores de Curitiba e região”, defendeu.

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A presidente da UPES explicou que a nova tarifa vai doer ainda mais no bolso das pessoas que moram na região metropolitana e vem estudar ou trabalhar na capital. “Quem vem fazer curso, procurar uma vida melhor na capital, acaba pagando quatro passagens por dia. Isso já aumenta para 20% do salário mínimo, e a maioria dessas pessoas são estudantes que estão fazendo estágio e que não recebem nem um salário mínimo”, revelou.

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A manifestação, de acordo com Mariana Chagas, vai passar pelo Terminal Guadalupe. “Vamos falar com trabalhadores, mas isso é só o início. A gente está montando um calendário de lutas para essas pressões com relação ao transporte seja contínua”.

O que diz a Urbs

O aumento da passagem de ônibus equivale a 9% e ficou abaixo do aumento dos custos do transporte coletivo na capital no último ano, que acumulam alta de 13,3%, segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs).

Por contrato, a tarifa é reajustada no fim de fevereiro de cada ano, com base na variação de custos do transporte coletivo. A exceção foram os anos da pandemia (2020 e 2021), em que a tarifa ficou congelada. Em 2022, o reajuste havia sido de 22%.

“O valor do reajuste de 2023 é o mínimo possível para manter a sustentabilidade do sistema frente ao aumento dos custos relacionados ao transporte, que subiram acima da média da inflação”, ressalta o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto. 

Na nota divulgada pela prefeitura, a justificativa é de que no último ano, o diesel, por exemplo, acumula alta de 16%, enquanto custos de veículos (amortização, peças e acessórios) subiram 9,58%. “Estamos mantendo, para o passageiro, tarifa social, pela qual ele paga um valor menor do que o custo real do sistema, que é a chamada tarifa técnica. Se atualizássemos pelo custo real, o passageiro teria que pagar R$ 7,05. O valor da tarifa técnica subiu 11% entre março de 2022 e março de 2023”, diz o presidente da Urbs.

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