Ellen Homiak da Silva Federizzi, esposa do soldado Rodrigo Federizzi, de 32 anos, que sumiu no dia 28 de julho, foi presa na tarde desta quarta-feira (10) suspeita de participação no desaparecimento. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp-PR), que ainda considera a possibilidade de que o PM esteja vivo.

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O caso é investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A partir de um mandado de busca e apreensão, os policiais foram, na terça-feira (9), até o apartamento do casal, num condomínio no bairro Tatuquara, e começaram a suspeitar do que encontraram.

Ellen foi detida e deve esclarecer os fatos em depoimento.

Além das equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar (PM), o cumprimento do mandado foi feito com a perícia do Instituto de Criminalística. O perito identificou vestígios de sangue no apartamento do casal, dentro de um dos quartos e também em panos numa máquina de lavar na lavanderia.

Os vestígios vistos pelo perito foram confirmados quando houve uma reação ao luminol, produto que mostra o sangue mesmo depois de uma limpeza, pois identifica moléculas escondidas. Além disso, dentro da casa, foi encontrada também uma serrinha suja de sangue, que foi apreendida.

Prisão temporária

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Com base nas desconfianças dos policiais e do que foi encontrado no apartamento, foi pedida a prisão de Ellen. A Justiça concedeu a prisão temporária, de 30 dias, e ela foi detida. Para a Sesp, a mulher é considerada suspeita de participação no desaparecimento do policial.

O homem ou o corpo dele ainda não foi achado. Ellen foi encaminhada à DHPP, onde continua presa e deve prestar esclarecimentos. A polícia espera que ela ajude a elucidar o crime, até mesmo contando o que de fato aconteceu e onde está o policial, vivo ou morto.

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A PM ainda não tem qualquer novidade sobre o desaparecimento ou sobre a motivação para o possível envolvimento de Ellen no crime. Os dois estão juntos desde 2006 e têm um filho de nove anos. Informações sobre o soldado podem ser passadas diretamente ao disque-denúncia da DHPP, através do 0800-6431-121.

Desaparecimento

O policial saiu de casa na quinta-feira (28) e família não teve mais informações.

O policial militar é procurado por colegas de farda e também por uma equipe da DHPP desde o desaparecimento. Quem procurou a polícia para informar sobre o sumiço foi a própria esposa, que foi até a DHPP no dia 30 de julho e contou que ele disse que voltaria, mas não apareceu. Ele vestia uma calça de agasalho preta com uma faixa branca, uma blusa de lã cinza, camiseta azul, boné azul escuro e tênis branco.

Alguns comentários eram de que o soldado teria saído de casa para ir atrás de bandidos que teriam assaltado a esposa dele. De acordo com a esposa, antes de sair de casa Rodrigo pegou a pistola da PM, certa quantia em dinheiro e disse que um amigo lhe esperava.

O soldado está lotado no Monitoramento de Tornozeleira Eletrônica da Sesp-PR e faz parte da corporação desde 2008. Um dia depois que a esposa denunciou o desaparecimento à DHPP, o soldado estava escalado para trabalhar e não apareceu.

Um corpo carbonizado, encontrado no dia 31 de julho à noite, no Campo de Santana, levantou suspeita dos investigadores. Apesar disso, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), mas, a princípio, nada foi confirmado até o momento.