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Empresa de helicópteros de Curitiba lança voos para “caçada área” de Pokemóns

Empresa de helicópteros de Curitiba lança voos para “caçada área” de Pokemóns
Allan Becker voou para capturar os monstros digitais. Foto: Daniel Castellano

A febre pelo jogo de realidade aumentada Pokémon Go está em alta. Literalmente. Uma empresa de aviação de Curitiba lançou voos específicos em helicópteros para que adeptos do game possam fazer “caçadas aéreas” de Pikachus e seus congêneres. A novidade foi lançada na manhã desta sexta-feira (5). No fim da tarde, três jovens já haviam voado pelo céu de Curitiba, à captura dos monstrinhos. Outros quatro voos já estão agendados para este fim de semana.

“Quando começou essa farra do Pokémon Go, eu disse: ‘vamos ser os primeiros a oferecer essa caçada aérea. A gente está rindo à toa, porque não sabia que ia dar tanto retorno”, disse Eduardo Sikorski, que é piloto, instrutor e dono da Sikorski Escola de Aviação Civil.

Cada voo dura 35 minutos, custa R$ 450 e o próprio jogador do Pokemón Go orienta o piloto sobre a rota da “caçada”. Assim que o celular detecta os quadrantes que indicam a presença dos monstros digitais, o piloto faz a aeronave pairar, até que o bichinho apareça na tela, para a captura.

“O passageiro captura e é feliz. Os caras estão faceiros. O bom é que eles não correm o risco de cair num lago ou ser atropelado”, disse o piloto Henrique Bolozan. “Um deles saiu feliz da vida e disse que já vai voltar na próxima semana”, acrescentou Eduardo Sikorski.

Os primeiros clientes eram jovens, com idades entre 14 e 20 anos. O que se saiu melhor na expedição foi Allan Becker, que conseguiu prender seis Pokemóns sobre o Parque Tanguá, cinco sobre o Barigui e um sobre o bairro Rebouças. Ele conta que baixou o jogo nesta sexta-feira (5) e que quis experimentar o desempenho da caçada nas alturas.

“Lá em cima, o jogo é bem mais interessante. Você consegue se locomover com muito mais facilidade. Você só vai e já captura. É bem mais fácil. Além do que, você já curte o voo também”, disse o rapaz, de 20 anos. Por causa da experiência, Becker decidiu que vai fazer um curso para se tornar piloto de helicóptero. “Eu nunca tinha andado de helicóptero. De certo modo, o jogo me levou a isso”, apontou.

Testes

Antes de lançar a novidade, Sikorski fez um voo experimental, para entender como o aplicativo se comportava nas alturas. A equipe testou a velocidade ideal para que os celulares mantenham o sinal e captem a presença dos Pokémons. O helicóptero voa a uma altura regulamentar de 500 pés acima do terreno.

Apesar de prestarem o serviço a aficionados pelo jogo, os pilotos ainda se batem para tentar entender a diferença entre um Charmander, um Squirtle ou Bulbasaur. “Eu baixei o jogo pra ver como funcionava e para tentar oferecer os voos. Eu não sei nem mexer em celular direito, mas a gente tem que inovar”, disse Sikorski. “Não é da minha época, então eu nem sabia o que era um Pokémon. A gente vai entrando e tentando ver qual é”, apontou Bolozan.