Duas pessoas foram assassinadas praticamente no mesmo horário, no Bairro Alto, em endereços diferentes. Os dois crimes já estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios. A polícia acredita que as mortes não estejam relacionadas.
Por volta das 18h, na Rua Epaminondas Santos, quase esquina com a Rua José Veríssimo, Cláudio Roberto Domanski, 36 anos, e a esposa Ana Paula Serpa Brito, 25, receberam a visita de um casal, que chegou à residência em um Gol vermelho.
A mulher, que dirigia o veículo, ficou no carro e o homem desceu, chamou Cláudio pelo nome, e, depois de alguns minutos de conversa, o executou com tiros na cabeça e no peito.
Ele morreu na hora, ao lado da cama. Ana Paula foi ferida com um tiro no queixo que saiu na nuca. Ela foi socorrida em estado gravíssimo ao Hospital Cajuru. Segundo o sargento Andrade, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, os familiares ficaram surpresos com o crime.
“Disseram que Cláudio e Ana viviam bem, não tinham inimigos e não sabiam se estavam envolvidos com algum tipo de situação que pudesse acabar em morte”, explicou o tenente. O vizinho encontrou os dois feridos e chamou o Siate.
Neto
Enquanto a polícia acompanhava o atendimento à mulher ferida, a algumas quadras do local do crime, na Rua Pedro Eloy de Souza, o adolescente Odinei Maurício de Souza, 17, foi assassinado em cima da cama, na casa onde morava com a avó.
A mulher havia ido no mercado com a neta, de 6 anos. Na volta, a menina entrou na casa primeiro e encontrou o rapaz assassinado. “Ela veio correndo e disse que tinha sangue na cama, mas eu achei que era do nariz, pois isso sempre acontecia. Quando fui ver, o menino estava morto”, lamentou a idosa.
Ela relatou que cansou de dar conselhos para o neto, que há oito dias havia se tornado pai. “Dizia pra ele deixar as drogas, deixar as más companhias, arrumar um emprego e criar a filha, mas ele não me ouviu”, contou a mulher, aos prantos. O tenente Lima, do 20.º BPM, disse que o rapaz foi pego de surpresa. “Pode ser que ele tenha sido executado enquanto dormia”, supôs o policial.