Com a chegada da Páscoa de 2025, a indústria chocolateira se reinventa para oferecer produtos que agradem o paladar e o bolso dos consumidores.
A alta histórica do cacau no ano passado não intimidou os fabricantes, que encontraram soluções criativas para manter a qualidade e variedade dos chocolates. Segundo a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), serão 803 tipos de produtos disponíveis, incluindo 94 lançamentos. A produção total chegará a impressionantes 45 milhões de ovos de Páscoa.
Jaime Recena, presidente da Abicab, destaca o caráter democrático da data: “Os lançamentos reforçam a liberdade de escolha do consumidor, especialmente em um momento de preocupação com os preços.”
Grandes marcas investem em nostalgia e inovação
A Cacau Show, querida pelos curitibanos, traz de volta o sucesso dos Ursinhos Carinhosos e adiciona personagens como Snoopy e Harry Potter à sua linha. Iris Ferraz, gerente de produtos, revela: “Esperamos um crescimento de 30% em relação ao ano passado.”
Já a Nestlé e Garoto apostam no retorno triunfal do Caribe, triplicando seu volume de produção. Camila Hadaya, gerente de Páscoa da empresa, anuncia: “Teremos também o Charge em formato de ovo, uma novidade que deve agradar os fãs do chocolate dos anos 80.”
A Ferrero Rocher surpreende com sua primeira linha de tabletes, complementando seu portfólio de bombons e ovos. A Kinder, por sua vez, oferece opções para todos os gostos, desde os tradicionais ovos até versões menores como o Kinder Bueno.
Pequenos produtores se adaptam ao cenário
A alta do cacau também impacta os pequenos produtores de Curitiba e região, conhecidos por seus chocolates artesanais. Tuta Aquino, presidente da Bean to Bar e CEO da Baianí Chocolates, comenta: “As marcas estão se adaptando, desde o tamanho dos produtos até a criação de novos modelos.”
Apesar dos desafios, Aquino mantém-se otimista quanto ao futuro da produção de cacau no Brasil: “Consumimos muito mais do que produzimos. Temos muito a ganhar.”
Preços e expectativas
O IPCA registrou uma inflação de 11,99% nos chocolates em barras e bombons em 2024. Contudo, as empresas garantem esforços para minimizar o repasse aos consumidores. Iris Ferraz da Cacau Show afirma: “Investimos em tecnologia para reduzir custos sem comprometer a qualidade.”
