A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou operação na manhã desta quinta-feira (06/11) que resultou na prisão de duas pessoas investigadas por peculato, falsidade ideológica e outros crimes. A ação aconteceu simultaneamente em Colombo, Itaperuçu e Curitiba para investigar supostos desvios de recursos envolvendo dirigentes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (SINDIMOC) e da Associação dos Trabalhadores no Transporte do Paraná (ASTT).
Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas três cidades. Os policiais apreenderam provas documentais e eletrônicas, incluindo registros contábeis, contratos e extratos bancários que passarão por perícia para verificar a extensão dos desvios e a participação dos investigados.
O inquérito teve início após denúncia sobre possíveis crimes envolvendo o presidente afastado e o diretor financeiro suspenso do sindicato, além do presidente da associação. Durante as investigações, a polícia identificou movimentações suspeitas e indícios de irregularidades, como pagamentos por serviços sem contrato formal e sem comprovação de execução, transferências bancárias para o próprio diretor financeiro e ex-presidente, além de pagamentos para empresas ligadas aos investigados.
As fraudes também se estenderiam à associação, entidade que recebe repasses mensais das empresas de transporte coletivo da capital e região metropolitana para custear serviços médicos aos trabalhadores do setor.
“Esta operação reforça o compromisso da Polícia Civil em apurar com rigor todas as suspeitas de desvio de recursos em entidades representativas, especialmente quando há prejuízo direto a trabalhadores e à coletividade”, afirmou a delegada Rita de Cássia Lira.
Os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário enquanto as investigações prosseguem.
O que diz o Sindimoc
Em nota oficial divulgada nesta quinta-feira (06/11), a nova diretoria do Sindimoc manifestou-se sobre o caso, enfatizando que os envolvidos são ex-diretores da entidade. Segundo o comunicado, desde o início da nova gestão foram tomadas “medidas duras e imediatas”, com o afastamento de todos os envolvidos e denúncia às autoridades.
A atual direção do sindicato posicionou-se como vítima da situação, afirmando que “não será cúmplice de desvios, nem tolerará qualquer conduta que atente contra os interesses dos trabalhadores e seus associados”. A nota reafirma o compromisso com a ética e a legalidade, garantindo que o sindicato permanece “firme, mais forte e determinado do que nunca” na defesa dos direitos da categoria.



