Dia Nacional do Ciclista

De bicicleta e salto alto, influencer inspira mulheres e aborda bike como estilo de vida

ciclista Vivi Fernandes influencer de curitiba
O estilo de Vivi Mendonça, 43 anos, que é professora do Ensino Médio antes de ser influencer, atrai o público feminino nas redes. Foto: Reprodução/Instagram.

O Dia Nacional do Ciclista é comemorado nesta quinta-feira (19) e, para celebrar a data, a Tribuna apresenta uma personagem que faz sucesso nas redes sociais há dez anos, por promover o uso da bicicleta em Curitiba e por pilotar a sua bike usando salto alto. O estilo elegante de Vivi Mendonça, 43 anos, que é professora do Ensino Médio antes de ser influencer, atrai o público feminino e espalha conteúdo interessante para as mulheres que desejam ampliar a qualidade de vida pessoal e, por que não, da cidade inteira. As redes sociais dela, entre Instagram e Facebook, somam cerca de 100 mil seguidores. 

Vale ressaltar que o dia 19 de agosto foi escolhido para ser o Dia do Ciclista em memória a Pedro Davison, ciclista brasiliense vítima de um acidente fatal em 2006, aos 25 anos. Davison era biólogo e foi atropelado enquanto pedalava. “Apesar do motivo da data ser algo triste, o acontecimento serve para manter viva a memória para importância de políticas públicas que tragam segurança ao ciclista nas cidades. Infraestrutura urbana, leis de trânsito para uma coexistência em harmonia com os outros veículos”, destaca a Vivi Mendonça.

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A professora e influencer digital tem um estilo de vida totalmente voltado para a bike. Ela vai trabalhar de bicicleta, faça chuva ou faça sol. Quando não está de bike – o que é raro –, a Vivi Mendonça pega um ônibus ou um Uber. “Carona do marido é muito difícil, pois cada um vai trabalhar de um lado da cidade”, brinca.

A vida nas redes sociais começou pra valer com a Fan Page no Facebook, 2011. O nome é Vou de bike e salto alto. “Sou do tempo do Orkut. Tinha meu perfil no Facebook, mas algumas pessoas próximas me incentivaram a montar a página. Eu me perguntava quem é que gostaria de ficar vendo fotos de uma mulher de bicicleta e salto alto? No fim, deu super certo. Eu consigo compartilhar meu estilo de vida com muitas pessoas, de várias partes do país”, relembra. O perfil do Instagram tem o mesmo nome @vou_de_bike_e_salto_alto.

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Os perfis têm várias fotos e vídeos da Vivi Mendonça abordando vários temas relacionados à bike e qualidade de vida. Até causas que merecem engajamento são postadas por lá, como a luta por melhorias na infraestrutura das ciclovias e vias calmas no trânsito de Curitiba e iniciativas de planejamento urbano para uma cidade que acolha as mulheres E, claro, fotos de salto alto ao lado da bike. “Eu viajei para a Alemanha, pois é a terra da família do meu marido, e vi que as mulheres de lá usavam roupas normais andando de bicicleta. Achei lindo aquilo, o salto alto inclusive. Foi libertador e me sinto muito à vontade em andar de bike assim”, conta a influencer.

Vivi tem um estilo de vida totalmente voltado para a bike. Foto: Reprodução/Instagram.

Mas, quem por acaso fica cansado ou cansada só de pensar em pegar uma bicicleta para passear ou trabalhar, é bom saber que nem sempre a Vivi Mendonça foi só adepta das duas rodas. Quando se mudou para Curitiba em 2001, vindo do Interior do Paraná para vir trabalhar, ela usava o carro e o transporte público como todo mundo. “Eu sempre gostei de bicicleta, desde criança, mas não era tão intenso. Isso mudou quando comecei a ir para a escola, definitivamente, de bicicleta”.

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Foi em 2011 que a Vivi Mendonça comprou uma bike urbana e partiu para realizar, diariamente, o trajeto entre a casa e o trabalho. “Tive outras bicicletas. Eu já estava fora do sedentarismo. Inclusive tinha feito, em 2005, o caminho de Santiago de Compostela, na Europa, de bike. Foi a primeira cicloviagem que fiz. Mas, 2011 foi o ano em que a vida se transformou”, revela.

E a comunidade ao seu redor foi se transformando junto. A influencer relembra que não tinha bicicletário na escola onde ela era e é professora. E nem pensar em usar uma vaga do estacionamento de carros para guardar a bike. “Fui me dando conta de quanta infraestrutura faltava e ainda falta. Na segunda semana em que fui de bike, furtaram a minha bicicleta”, conta. Mas ela não desistiu, comprou outra bicicleta e lutou por um bicicletário.

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“Em 2015, conseguimos, com apoio da direção e um trabalho em conjunto com os alunos. Hoje, são 25 lugares para bicicleta na escola. Tem mais vagas para bikes do que para carros”.

A Vivi Mendonça também criou, em 2018, uma comunidade no Facebook e são 25 mil membros mulheres que participam. Ela foi reconhecida pela administração da rede social como a única comunidade oficial de mulheres que andam de bicicleta da América Latina. “Lá, podemos trocar informações com segurança, só entre mulheres”, comemora. Por ser uma comunidade oficial, o Facebook disponibiliza para ela um suporte técnico semanal para ajudar a administrar a comunidade.

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Também faz parte da vida da influencer um grupo de discussão criado pelo Detran-PR para melhorias no trânsito. Atualmente, o grupo é virtual e a Vivi Mendonça, como professora e ciclista, é uma das mulheres a ajudar nos projetos de conscientização. Há ainda o grupo do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU-PR), onde são debatidos temas sobre a construção de uma cidade que contemple as necessidades das mulheres. “Antes desse grupo com as arquitetas, eu não pensava que as cidades cresciam sob a ótica dos homens”, aponta.

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Por último, para inspirar as pessoas e mostrar o quanto vale a pena acreditar em si, nas transformações que são possíveis com uma simples mudança de hábito, em 2018, uma malharia de Minas Gerais chamou a Vivi Mendonça na internet e a convidou para lançar a sua marca de roupas de bicicleta. “Foi incrível. Começou com uma camiseta que eu achei que ninguém compraria, mas vendeu mais que pão quente. Depois, vieram outras peças. Fico feliz pelo acesso que as mulheres têm, hoje em dia, aos equipamentos de bicicleta”, comemora.  

Quem quiser saber mais sobre a vida da Vivi Mendonça e a sua motivação por um mundo com mais bicicletas, pode entrar em contato com ela pelas redes sociais. “Eu compartilho o que eu sou. Essa é a minha vida”, finaliza.

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