A morte do vendedor David Luiz Porto, ocorrida em agosto de 2021 após a realização de uma tatuagem no braço, segue sendo investigada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). O tatuador José Manoel Vieira de Almeida vai ser novamente questionado quanto ao uso de uma substância anestésica em um estúdio em Curitiba. Segundo a defesa do tatuador, a vítima pediu aplicação de anestésico e ainda alegou não ter nenhuma alergia antes do trabalho começar.

continua após a publicidade

Em nota enviada à reportagem, os advogados disseram que o artista usou um spray de lidocaína, produto comum entre os tatuadores. “Não houve nenhuma irregularidade”, disseram. Além disso, alegaram que o cliente assinou um termo de responsabilidade, em que disse não ter nenhuma alergia.

“O ocorrido é trágico, entretanto, atribuir a causa morte ao tatuador José, sem que exista uma investigação completa, se demonstra uma decisão precoce, pois podem existir circunstâncias desconhecidas sobre o fato”, diz a defesa do tatuador.

Entenda a morte de David Luiz Porto

David Luiz Porto Santos, de 33 anos, morreu ao fazer uma tatuagem no braço em Curitiba. O caso aconteceu em abril de 2021, mas a investigação só foi divulgada nesta semana. A viúva de David, que o acompanhava naquele momento, disse que o tatuador exagerou no anestésico.

continua após a publicidade

“O meu marido estava bem na finalização da tatuagem, até que o tatuador passou um anestésico nele, na hora que estava limpando o excesso. Ele passou no braço todo. O meu marido questionou o que tinha passado, ele respondeu que era um anestésico. Meu marido disse que a pressão dele estava baixando e o tatuador disse que era normal”, disse a viúva.

O delegado Wallace de Brito afirmou que o tatuador deve ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A pena para esse crime é de até três anos de detenção.

Polícia Civil investiga o caso ocorrido em Curitiba em 20121. Foto: Arquivo.
continua após a publicidade

Houve overdose?

A lidocaína é um tipo de anestésico usado em procedimentos médicos. A Polícia apurou que o tatuador conseguiu o medicamento com uma receita de uma veterinária.

De acordo com o infectologista Daniel Junger, a vítima pode ter tido uma overdose do remédio, considerando a rápida reação. “O que pode se entender dessa situação, é que o profissional passou uma grande quantidade de anestésico numa superfície onde havia sangue. A absorção dessa medicação foi muito maior do que se tivesse passado em pele íntegra”, explicou.

O laudo da necropsia no corpo de David não conseguiu apontar a causa da morte, descrita como “indeterminada”.

“Muito embora os achados necroscópicos e de exames sejam sugestivos de intoxicação exógena por lidocaína, o perito não tem como afirmar categoricamente que essa foi a causa do óbito”, disse a legista no documento.

Você já viu essas?

Constrangedor!

“Quase me bateu na cara”, denuncia cobrador ameaçado por passageira em Curitiba

Doce de verão

Conheça seis receitas fáceis de geladinho gourmet para vender

Investimentos!

Mega fábrica da Electrolux começa a ser construída na região de Curitiba


RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.