Durante audiência de instrução e julgamento, na quinta-feira (24), o Ministério Público do Paraná (MPPR) solicitou a revogação da prisão preventiva da mulher acusada de sequestrar a menina Eloah Pietra em janeiro deste ano, em Curitiba. No entanto, nesta sexta-feira (25), o promotor de Justiça voltou atrás na decisão e solicitou que a ré seja monitorada por tornozeleira eletrônica.
Detida desde 24 de janeiro, a mulher responde pelos crimes de subtração de incapaz e falsidade ideológica. O argumento do MP ao pedir a revogação da prisão foi de que as penas previstas para esses delitos são inferiores a quatro anos, o que possibilitaria que ela aguardasse o processo em liberdade.
Além do uso da tornozeleira, o novo pedido inclui medidas cautelares como a obrigação de manter uma distância mínima de 20 metros da vítima e de seus familiares, além da proibição de qualquer tipo de contato com a criança e os pais. O MP também pede o pagamento de uma indenização de R$ 100 mil à família da vítima.
A mulher está custodiada na Penitenciária Feminina do Paraná, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, enquanto aguarda o desfecho do processo judicial.
Sequestro da menina Eloah
Em 23 de janeiro, no bairro Parolin, em Curitiba, a mulher abordou a mãe da bebê alegando ser agente de saúde e disse ter recebido uma denúncia de maus-tratos contra a criança. Após convencer a mãe a entrar em seu carro com a filha, ela ofereceu um líquido para a mulher ingerir. Após a mãe sair do carro para ajustar a cadeirinha no banco traseiro, acelerou e fugiu com a bebê.
Eloah foi localizada na noite do dia seguinte, em um cativeiro em Campo Largo, também na Região Metropolitana de Curitiba. A criança foi encontrada pela equipe das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE), com os cabelos alisados e tingidos, em uma tentativa de dificultar a identificação.
