O que era para ser um passeio de rotina, se tornou o início de uma perda irreparável. Uma das cachorras de Juliana Leal Laux morreu no início da tarde desta sexta-feira (05), após ser atacada por dois pastores belgas no Parque Barigui, em Curitiba. Segundo a tutora, os cães que atacaram não usavam guia e nem focinheira, infringindo uma lei municipal.

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Conforme Juliana, o ataque aconteceu por volta das 13h, logo após ela tirar fotos das suas três cadelas, Lili e Luli, dois dachshund, e Nina, uma yorkshire.

“Eu estava sentada de costas, elas estavam comendo uma florzinha. A Lili não olhava para a foto, ela estava olhando para um ponto fixo. Quando eu levantei, tinha dois pastores belgas, eles estavam vindo me pegar, mas como eu levantei, eles deram uma desviada e pegaram ela”.

Segundo Juliana, Nina, a yorkshire, conseguiu escapar. Um dos cães tentou pegar Luli, a outra dachshund, mas a tutora conseguiu travar a boca dele com o pé, enquanto a cadela arrebentava a coleira e escapava. Porém, Lili não conseguiu fugir, e acabou tendo ferimentos graves.

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“A Lili foi o cão mais amável que eu tive. Ela tinha 10 anos e era carinhosa, sentimental, ela não rosnava, não mordia. Durante o ataque, ela não teve nem reação. Ela não fez um ruído”, relembra.

Conforme a Prefeitura de Curitiba, os tutores dos animais agressores fugiram do local após o incidente e a Guarda Municipal socorreu a tutora e seu cão, levando-os a uma clínica veterinária para o atendimento. Entretanto, a cadela acabou morrendo na porta do local.

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“Eles só soltaram quando o cara colocou a guia e falou assim: ‘Deu merda’. Eles saíram correndo, aí eu falei: ‘Mas aonde vocês estão indo? Vocês não vão me ajudar?’. Eles olharam e riram”, conta.

Caso será investigado

Em Curitiba, existe uma lei que proíbe que cães de raças notoriamente violentas e perigosas com peso superior a 20 quilos andem em espaços públicos sem o uso de focinheira, coleira e guia. A multa para esse tipo de infração é advertência verbal, notificação por escrito, auto de infração com multa equivalente a R$ 560,51 e apreensão do cão.

Juliana lamenta que o caso seja considerado apenas uma contravenção leve. Para ela, a situação deveria ser considerada um crime, visto que coloca em risco a segurança de todos.

“Os jardineiros do parque falaram: ‘A gente tem medo de trabalhar aqui. A gente tem medo de trabalhar aqui, porque tem muito cachorro sem guia”, conta Juliana.

A tutora registrou um boletim de ocorrência. Conforme a Polícia Civil do Paraná, o caso será investigado.