O imóvel que abrigou a antiga Vidraçaria Cometa, na Avenida Dário Lopes dos Santos, no bairro Jardim Botânico, começou a ser demolido. Apesar das obras terem iniciado apenas agora, o espaço estava desativado desde 1999, quando a empresa decretou falência.

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Com 13.852,71 metros quadrados de área total e cerca de 3 mil metros quadrados de área construída, o terreno contava com estruturas como galpões, escritórios e garagem. Veja nas imagens abaixo como está o processo de demolição:

O imóvel foi arrematado em leilão realizado em julho de 2024 por R$ 15.048.000, abaixo do lance mínimo inicial de pouco mais de R$ 17 milhões. Em tentativas anteriores, o valor mínimo era de R$ 18,5 milhões, em 2020, e de R$ 22,2 milhões, em 2022.

A empresa compradora é a Brasil Sul, do Grupo Garcia Brasil Sul (GBS), associada à Viação Garcia, conforme consta na documentação do Processo nº 0000758-64.1995.8.16.0185. O grupo é responsável pela operação de linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais, entre fretamento e turismo.

O que será construído no local?

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A Tribuna procurou a empresa para obter informações sobre os planos futuros para o terreno, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. O jornal permanece à disposição para atualizações ou esclarecimentos por parte do grupo.

Antiga vidraçaria

Considerada uma das marcas mais tradicionais do setor à época, a Vidraçaria Cometa entrou em falência há 23 anos. Em decorrência das dívidas, o grupo encerrou as atividades em 1999 e teve que vender quatro imóveis, incluindo a sede administrativa ao lado do Mercado Municipal, na Avenida Sete de Setembro. Também foram leiloados um imóvel da fábrica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e uma fazenda.

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Nos últimos anos, o terreno no Jardim Botânico se tornou alvo de queixas da comunidade, por estar abandonado e servir de abrigo para usuários de drogas e criminosos. Em 2018, a reportagem da Tribuna esteve no local e registrou o cenário de abandono.

Embora o nome “Vidraçaria Cometa” ainda seja utilizado por outro empreendimento vinculado à família original, o advogado da massa falida explica que se trata apenas de um nome fantasia, sem relação com a antiga empresa.