Higiene sem perigo

Álcool contra coronavírus liga alerta pra queimaduras: como usar corretamente

Foto: Roberto Custódio / Jornal de Londrina / Arquivo

O sumiço do álcool gel nas prateleiras das farmácias e supermercados de Curitiba faz acender o alerta para acidentes domésticos diante da pandemia do novo coronavírus. Para evitar contaminações, as pessoas têm procurado álcool acima de 70% para fazer a higienização das mãos. Mas o Corpo de Bombeiros alerta: tanto o álcool gel quanto o álcool líquido são inflamáveis e podem trazer o risco de queimaduras e até incêndios. 

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“A recomendação é para que as pessoas que estejam dentro de casa procure pela higienização das mãos com água e sabão. O uso do álcool gel deve ser feito somente quando estiver fora de casa, como no transporte público”, salienta a tenente dos bombeiros Ana Paula Bagge Latuf. 

O próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também alerta para o uso de álcool dentro de casa. Ele ressalta que o álcool é extremamente eficaz para matar o vírus. Por outro lado, gera riscos de queimaduras. ““Tenho muita preocupação de a pessoa deixar álcool na mão de criança para lavar a mão, para passar no corpo, das pessoas fumando perto dessas garrafas de álcool”, alertou o ministro em coletiva de imprensa semana passada. Veja a seguir outras recomendações importantes:

Friccionar bem as mãos

Para garantir a eficácia da higienização das mãos com álcool gel, é importante lembrar da necessidade de friccionar bem as mãos. Isso deve levar no mínimo menos 20 segundos – tempo para que o álcool faça sua função de higiene mas também se evapore das mãos, eliminando risco de queimadura.

Perigos do álcool gel e líquido

Seja gel ou líquido, o álcool é inflamável. “O álcool líquido é mais perigoso porque derrama mais fácil, pode se espalhar mais e propagar melhor as chamas. O álcool gel é mais fácil para conter um incêndio, mas ambos são perigosos”, lembra a tenente Bagge. 

Fogão, risco iminente

Higienizar as mãos com álcool, seja líquido ou em gel, pode provocar queimaduras caso a pessoa entre em contato logo em seguida com uma fonte de ignição, como o fogão, por exemplo. A tenente lembra que também existe risco de acidente doméstico envolvendo eletrônicos, que neste caso é muito menor pois só um curto circuito poderia provocar queimaduras ou risco de incêndio.

Limpeza de casa

Em entrevista coletiva recente, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez um apelo para se fazer a limpeza de casa com água sanitária ao invés de álcool líquido. Ambos são eficientes para eliminar não só o coronavírus, mas outros vírus e bactérias. Porém, a água sanitária não é inflamável. “Use hipoclorito, Vou me permitir falar a língua do povo: QBoa. Use Qboa para limpar privada, limpar vaso, para aciar os lugares. Qboa tem cloro, e cloro mata tudo o que tem ali e não pega fogo”, ressaltoa o ministro.

Guardar em local seguro

Para evitar qualquer tipo de acidente doméstico, guardar o álcool num local seguro é muito importante. Por isso, não guarde o produto na cozinha, próximo do fogão, do botijão de gás, ou num local de fácil acesso para as crianças e animais de estimação. A embalagem também precisa estar bem fechada e íntegra para que não vase vapor. 

Cuidado com queimaduras

Em caso de acidente com queimaduras, a orientação é procurar atendimento médico. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o recomendado é fazer compressas frias no local afetado e evitar qualquer receita caseira, como aplicar pasta de dentes ou manteiga na queimadura. Óleo mineral ou vaselina pode manter a queimadura hidratada. 

Como prevenir a contaminação por coronavírus

  • Lavar as mãos com frequência/ ou utilizar álcool 70%, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter ambientes bem ventilados, evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
  • Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações;
  • Pessoas com sintomas de infecção respiratória aguda devem praticar etiqueta respiratória (cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, preferencialmente com lenços descartáveis, e depois lavar as mãos).

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