Bom Retiro

“Adolescente morto não tinha nada a ver com crime”, diz delegada da DHPP

Foto: Colaboração

O crime que matou um adolescente de 15 anos (e não 13, como dito ontem) e deixou o pai dele gravemente ferido no bairro Bom Retiro, em Curitiba, no final da manhã desta segunda-feira (21), foi uma possível disputa por tráfico de drogas ou algum outro crime correlato. A conclusão é da delegada Camila Cecconello, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Foto: Marco Charneski
Foto: Marco Charneski

Conforme a delegada, o pai, José Juliano da Costa, 36 anos, que permanece hospitalizado, tem antecedente criminal por roubo e um mandado de prisão em aberto, desde 2013, por tráfico de drogas e uso de documento falso. Conforme as investigações e as oitivas tomadas pela polícia, o crime era direcionado a José. O adolescente Matheus Ryan Ferreira Costa não tinha nada a ver com o crime ou qualquer envolvimento com os crimes praticados por seu pai. Só foi baleado porque estava na companhia de José, dentro do carro, um Vectra. O garoto residia com a mãe e estaria apenas visitando o pai, quando o crime aconteceu.

Camila ainda falou que a polícia coletou impressões digitais no Chevette e que já tem pelo menos dois aurores identificados, o que atirou contra pai e filho e o que deu fuga ao assassino no Chevette.

Dinheiro e documentos

No Vectra onde estavam pai e filho a polícia encontrou diversos cheques, comprovantes de depósito e uma identidade falsa. Havia cheques de R$ 7 mil e depósitos de R$ 30 mil, R$ 35 mil. Os investigadores ainda estão checando a procedência do dinheiro com as pessoas que emitiram os cheques e comprovantes, para saber a procedência. Quanto à identidade falsa, com a foto de José, a delegada acredita que ela estava sendo usada pelo homem morto para apresentar à polícia quando fosse abordado. “Por isto ele tinha um mandado em aberto desde 2013 e nunca tinha sido pego”, analisou ela.

O crime

Pai e filho estavam de carro, um Vectra, e pararam em frente a uma agência bancária da Rua Desembargador Hugo Simas, próximo a Rua Emílio de Menezes. Um Chevette parou ao lado logo em seguida e um dos ocupantes atirou contra pai e filho. O menino foi socorrido em estado grave e morreu na mesa de cirurgia, no Hospital Evangélico Mackenzie, horas depois.

Os marginais fugiram e abandonaram o Chevette na Rua Dom Alberto Gonçalves, a menos de um quilômetro do local dos tiros. Eles fugiram a pé pelo bairro. A polícia fez buscas na região, mas não os encontrou.