Adolescente é morto em cadeira de rodas no Tatuquara

Indefeso pelo uso de muletas e cadeira de rodas, um garoto de 14 anos foi executado a tiros no Tatuquara, pouco depois das 21h de segunda-feira. Apesar da pouca idade, o adolescente já havia sido apreendido por roubos de carros e ficou seis meses internado num centro de socioeducação. Histórico tão violento que a própria mãe preferiu nem ver o corpo do menino estendido no chão, a poucas quadras de casa.

Dois tiros de pistola calibre 9 milímetros atingiram o pescoço do adolescente. De acordo com o delegado Fábio Amaro, da Delegacia de Homicídios (DH), ninguém na rua contou à polícia como aconteceu o assassinato ou quem eram os executores. Sabe-se apenas que o adolescente usava muletas quando recebeu os tiros, a poucos metros da cadeira de rodas.

Desregrado

Um irmão do adolescente contou ao delegado que o menino foi apreendido no ano passado por roubos de carros. Ficou seis meses internado no Centro de Socioeducação (Cense). Mas, ao que tudo indica, todo o tratamento e atividades desenvolvidas no Cense para reabilitar o garoto socialmente não deram certo e, de acordo com o irmão, o garoto voltou à vida criminosa depois que saiu do internamento.

“O irmão relatou que a mãe nem quis ir ao local ver o filho morto, já que entregou tudo a Deus. Ela sabia que isto poderia acontecer ao menino”, lamentou o delegado. Neste um mês que estava em liberdade, o jovem sofreu uma queda de moto e quebrou o fêmur. Por isto estava de muletas e cadeira de rodas. Não se sabe a procedência da moto, nem quem pilotava o veículo na hora do acidente.

Amaro não descarta que os comparsas tenham tramado o homicídio por algum desacerto entre o grupo. Também são investigadas as hipóteses de dívida ou vingança de alguém que foi roubado pelo adolescente.