Baterias de fogos e shows pirotécnicos costumam marcar a passagem de ano. Por causa dessa tradição, as vendas de fogos de artifício aumentam muito em dezembro, assim como os acidentes resultantes do uso inadequado ou da má qualidade desses artefatos, tais como incêndios e queimaduras graves.
"Os fogos são feitos de pólvora e seu uso sem o devido cuidado tem causado traumas e graves acidentes. Tanto o fabricante quanto o comerciante são responsáveis pela qualidade e segurança dos produtos", lembra Hermes Peyerl, coordenador da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), vinculada à Secretaria Municipal do Urbanismo.
A Cosedi está disponível para orientar a população sobre instalação de baterias de fogos, shows pirotécnicos, comercialização e classificação de riscos. As informações podem ser obtidas pelo telefone 3350-8871.
"Existem cuidados básicos para lidar com fogos de artifício, a fim de garantir a segurança de quem solta e de quem assiste", explica Peyerl. A primeira recomendação é não deixar as crianças manipularem nem permanecerem próximas aos fogos de artifício.
Os fogos devem ser lançados a uma distância mínima de 20 metros de outras pessoas e longe de marquises, beirais, cabos de energia elétrica, de telefone ou de linhas de alta tensão.
"Fogos lançados próximos a fachadas de edifícios podem ferir pessoas que estejam nas sacadas ou causar danos materiais", alerta o coordenador da Cosedi.
Se não houver detonação, o usuário não deve, jamais, tentar reutilizar o artefato. Essa é uma das maiores causas de acidentes. E, caso note alguma alteração no produto, não deve usá-lo, e sim devolvê-lo à loja onde foi comprado.
Peyerl lembra ainda que é proibida a venda de fogos a pessoas alcoolizadas e crianças. O comerciante que não cumprir a lei estará sujeito a multa e prisão.