O Conselho de Ética da Câmara vota, daqui a pouco, o pedido de cassação do deputado Pedro Corrêa (PP-PE). Há pouco, o relator do processo, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), insistiu na cassação. O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, tido como operador do mensalão, informou que foram repassados ao PP, presidido por Corrêa, R$ 4 1 milhões. Corrêa, no entanto, admite apenas que o partido recebeu R$ 700 mil que, segundo ele, foram usados para pagar o advogado Paulo Goyaz, que defendeu o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) num processo que resultou na cassação deste parlamentar pela Justiça Eleitoral, sob acusação de compra de votos
Sampaio questionou o fato de Corrêa não ter registrado o recebimento do dinheiro de Valério. "Por que não levar ao registro o ato nobre de socorrer o deputado?", questionou. "A relação espúria que se deu mostra que o PT e o PP, ambos envolvidos, tiveram o cuidado de não levar a registro o repasse, para evitar transparência", afirmou o relator. Ele insistiu em que a relação entre partidos da base aliada não pode ser pautada pelo dinheiro
Neste momento, o advogado de defesa de Correio, Eduardo Ferrão, está fazendo a última defesa do parlamentar. Em seguida, o Conselho vota o pedido de cassação.