A Comissão de Educação do Senado aprovou hoje (15) cinco emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o número máximo permitido. Essas propostas orientam o orçamento da União que será elaborado este ano para ser executado no próximo ano. "Nós entendemos que essas emendas são as mais abrangentes, as mais nacionais e que podem inclusive ser prioridades do governo federal. Se tudo sair de acordo com o que a gente espera e se o governo liberar esses recursos, eles seriam investidos, aplicados e executados no ano que vem", disse o relator do projeto, senador Juvêncio da Fonseca (PDT-MS). Ele estima que o custo dessas emendas ao orçamento seja de R$ 50 milhões.
Entre as emendas aprovadas está uma voltada para a profissionalização de jovens de baixa renda, proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS). "A proposta visa a fazer com que o Estado invista mais no ensino técnico, por duas vias: uma pela recuperação das escolas, que estão hoje desatualizadas até para preparar bons profissionais, e o outro para que novas escolas sejam implantadas", disse Paim. O recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), segundo o senador petista, poderiam ser destinados ao ensino profissionalizante.
Outra emenda, dirigida ao desenvolvimento da área de ciência e tecnologia, vai apoiar projetos estratégicos em biotecnologia e pesquisas com células-tronco. Para o senador Juvêncio da Fonseca, as universidades, laboratórios e cientistas precisam de incentivo para que "a célula- tronco seja uma solução definitiva na área da cura e da terapia das doenças degenerativas".
O senador Hélio Costa (PMDB-MG) propôs o projeto de interiorização das universidades federais, voltado para cidades do interior que não contam com qualquer instituição de ensino superior. Essas universidades funcionariam como campi avançados das universidades federais já existentes. As duas outras emendas aprovadas dizem respeito à instalação e modernização de espaços culturais e a implantação de infra-estrutura para o desenvolvimento do esporte educacional.