Combustíveis pressionam inflação em setembro e IPC-S sobe 0,39%

Rio (AE) – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,39% no período encerrado em 7 de outubro, ante 0,09% no período anterior. Foi a maior taxa em mais de três meses, impulsionada por aumentos nos preços das tarifas e preços administrados. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), se fossem excluídos os impactos de tarifas e preços controlados, como o da gasolina, o IPC-S teria caído 0 04%.

"Um dos principais impactos foi do aumento na gasolina, que contribuiu com 0,24 ponto porcentual na formação do índice", afirmou o economista da FGV, André Braz. Além da elevação no preço da gasolina (7,23%), outros combustíveis também registraram alta, como álcool combustível (5,06%), gás de botijão (1,17%), óleo diesel (6,63%) e gás natural (8,21%). No caso do impacto das tarifas, os destaques foram os avanços nos preços de taxa de água e esgoto residencial (3,85%) e tarifa de eletricidade residencial (1,16%).

Porém, para o economista da FGV, a perda de força na deflação dos preços de alimentação (de -1,03% para -0,55%) foi o grande destaque no IPC-S. O técnico comentou que, dos 21 itens alimentícios no grupo, 16 já estão com preços em aceleração. Entre os aumentos de maior impacto, estão os dos preços de aves e ovos (de 1,23% para 2,14%) e carnes bovinas (de 0,02% para 1 46%). Já os preços de hortaliças e legumes caíram menos (-5,21% para -3,29%).

O próximo IPC-S, que será referente ao período encerrado 15 de outubro, deve continuar a apresentar tendência de alta, na avaliação de Braz. Ele lembrou que o indicador continuará a receber influência dos recentes aumentos nos preços dos combustíveis. "Mas acho que o que vai influenciar mesmo é a deflação mais fraca nos preços dos alimentos, que deve continuar na próxima apuração. A influência da gasolina, com o passar do tempo, vai ficar mais fraca", disse, lembrando que o reajuste no preço desse combustíveis está em vigor desde 10 de setembro.

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