Coligação prevê gastar R$ 89 milhões com campanha de Lula

A coligação "A Força do Povo (PT/PRB/PCdoB)", que registrou hoje as candidaturas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Alencar (PRB) à reeleição, apresentou estimativa de gastos máximos de R$ 89 milhões com a campanha, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou que a previsão de gastos "não é o orçamento da campanha, que deverá ter um valor bem inferior". Berzoini disse que a previsão registrada no TSE é apenas uma garantia para que o partido não seja punido com possível excesso de gastos.

O pedido de registro foi o terceiro recebido pelo tribunal. Na segunda-feira, o Partido Social Liberal (PSL) registrou chapa única formada pelo ex-deputado federal Luciano Bivar, candidato a presidente, e pelo ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Américo de Souza, candidato a vice. Ontem, foi protocolado o pedido de registro da chapa do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que lançou a candidatura do senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque à presidente e do senador Jefferson Peres (AM) a vice.

Tesoureiro

Berzoini deu entrevista na sede do partido, ao lado do tesoureiro da campanha, o prefeito licenciado de Diadema, José de Filippi Júnior. Ele reiterou "total confiança" no prefeito, apesar da ação do Ministério Público de São Paulo, que questiona a origem de R$ 183 mil usados para pagar uma multa judicial. Filippi disse que o dinheiro foi fruto de empréstimos de parentes e amigos. O principal empréstimo, segundo ele, veio do comerciante paulista Mário Moreira, tio de sua mulher. "Ele me emprestou R$ 150 mil em 2003", afirmou o tesoureiro. A multa foi determinada pela Justiça, que considerou abusivo aos cofres municipais o uso de material promocional da prefeitura, que tinha três estrelas como símbolo. A Justiça entendeu que havia promoção do PT e do prefeito no material.

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