Celular explode e fere comerciante em Belém

O comerciante autônomo Jesus Favacho Andrade, de 46 anos, ficou ferido hoje quando seu celular explodiu dentro do bolso da bermuda que usava. A explosão provocou queimaduras na coxa e na perna. No momento do incidente ele estava dentro de uma loja de autopeças no bairro de Canudos na capital paraense. Levado a um pronto socorro público, os médicos constataram queimaduras e 1º e 2º graus na coxa de Andrade. Ao deixar o hospital, ele foi para a Delegacia do Consumidor, onde registrou queixa contra a empresa Nokia, fabricante do celular. A delegada Gisele Campos abriu inquérito para apurar o caso. A bermuda queimada e restos do celular destruído pela explosão foram levados ao IML, para perícia.

Segundo a delegada, esta é a primeira vez que um caso dessa natureza é registado no Pará. Há dois anos, uma adolescente teve a mão queimada porque o celular esquentou demais enquanto atendia a uma ligação. O aparelho dela era da mesma marca do celular de Andrade, um Nokia modelo 6560.

O celular que estava com o comerciante não é dele, mas de uma filha e estava emprestado. "Graças a Deus que ela não estava usando na hora da explosão. Já pensou se ela ou eu estivesse com o aparelho no ouvido nessa ocasião?".

Andrade contou que foi à loja comprar peças para seu carro quando alguém ligou para ele. Como não pôde atender logo, resolveu ligar minutos depois. Não conseguiu fazer a ligação ao notar que os créditos haviam acabado. Sua providência foi desligar o aparelho. No mesmo instante, o celular da atendente da loja tocou ao seu lado. "Quando ela atendeu, aconteceu a explosão do meu aparelho, que estava desligado no bolso da bermuda. Fiquei desesperado. Minha perna e a coxa começaram a queimar e vi pedaços do celular caindo no chão".

O comerciante disse que está preocupado com algum tipo de contaminação. A bateria que explodiu possui inúmeros materiais tóxicos, que em contato com a pele podem provocar várias doenças, inclusive câncer.

A Nokia informou que dará toda a assistência médica ao comerciante paraense.

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