Carga tributária e legislação trabalhista penalizam micro e pequenas empresas

As micro e pequenas empresas representam 99,2% de todas as empresas legalmente registradas no Brasil, empregam 58% dos trabalhadores brasileiros, respondem por 20% da massa salarial e geram 40% do PIB nacional. Apenas 0,5% das empresas brasileiras são de médio porte e somente 0,3% são grandes. Apesar de maioria, as micro e pequenas empresas são as mais penalizadas pelo ambiente econômico adverso. ?Legislação trabalhista arcaica, pesada carga tributária e juros abusivos são os principais vilões da micro e pequena empresa no Brasil?, afirma o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures. Nesta quinta-feira, 05 de outubro, quando se comemora o Dia da Micro e Pequena Empresa, Rocha Loures adverte para as mudanças necessárias para que estes empreendimentos se viabilizem.

O presidente da Fiep lembra que uma pesquisa do Banco Mundial revelou que o cenário brasileiro é um dos mais inóspitos de todo o mundo para a atividade empresarial. ?Sobreviver como micro e pequeno empresário neste ambiente, então, é praticamente um milagre?, afirma Rocha Loures. Além dos problemas conjunturais que afetam estas empresas, elas enfrentam também dificuldades de gestão por serem basicamente empresas familiares e têm dificuldade de qualificar seus trabalhadores. A expectativa, agora, é que aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em tramitação no Senado, traga avanços.

Para apoiar estas empresas, o Sistema Fiep lançou em setembro último o projeto Nova Indústria. Iniciativa inovadora, o projeto incentiva o empreendedorismo. A intenção é aproveitar a estrutura e o potencial das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), a experiência do Sesi Paraná e a reconhecida metodologia da Oscip GERAR para identificar idéias empreendedoras e dar suporte técnico para concretizá-las em novas indústrias ou negócios, bem como apoiar empreendimentos já existentes, que necessitem de capacitação. ?Propomos uma aliança virtuosa, que tem tudo para dar certo, para resultar, efetivamente, em novos empreendimentos e negócios capazes de gerar trabalho e renda e melhorar a vida dos cidadãos?, destaca Rocha Loures.

A Fiep também apóia os Arranjos Produtivos Locais (APLs) e incentiva as micro e pequenas empresas a se organizarem em arranjos como forma de superar as dificuldades que têm quando atuam de forma isolada no mercado. O APL caracteriza-se por um grupo de empresas de um mesmo segmento localizadas numa mesma região que cooperam entre si. Num APL, as empresas podem compartilhar capacitação de mão de obra, aquisição de matéria-prima, compra de grandes equipamentos e também fazer consórcio para exportar a produção. Com isso, elas ganham escala, reduzem custos e se tornam competitivas.

Por meio do Senai oferece informações e soluções gratuitas de nível técnico ou de gestão através da Rede de Tecnologia do Paraná ? a Retec, atendendo preferencialmente as micro e pequenas empresas.

Voltar ao topo