Câmara decide esta semana se cassa deputado do PFL e ex-líder do governo

O plenário da Câmara vota na próxima quarta-feira (8) os processos que recomendam a perda do mandato dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). Brant será o primeiro deputado de oposição a ser julgado pela Câmara, após a denúncia do deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), de que haveria um esquema de compra de votos no Congresso ? batizado de "mensalão". Já Luizinho, que será julgado no mesmo dia, foi líder do governo na Câmara.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou o relatório que recomenda a cassação dos dois deputados. Por oito votos a sete, o pedido de cassação de Brant foi aprovado. Ele é acusado de ter recebido R$ 102,8 mil da agência SMP&B, do empresário mineiro Marcos Valério de Souza. Brant afirma que o dinheiro era uma doação, não contabilizada, da Usiminas.

O processo contra Professor Luizinho foi aprovado por nove votos a cinco. Um assessor do parlamentar é acusado de ter sacado dinheiro das contas de Marcos Valério. Luizinho se defende dizendo que o dinheiro foi utilizado para pagar a campanha de um candidato vereador na Grande São Paulo. O deputado diz que não sabia a origem do dinheiro, que teria sido sacado por orientação do então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares.

Para que um deputado seja cassado pelo plenário da Câmara, são necessários os votos de metade mais um dos 513 deputados, ou seja, o mínimo de 257 votos favoráveis à cassação. A votação é secreta e se dá em cédulas de papel.

Na terça-feira (7), o Conselho de Ética analisa o relatório do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) referente ao processo contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP). E na quarta, devem ser ouvidos João Cláudio Genu, Enivaldo Quadrado, Marcos Valério, Simone Vasconcelos e Eliane Alves Lopes, testemunhas no processo contra o deputado José Janene (PP-PR). A relatora do processo é a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP).

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