Rio acelera obras do PAC de olho nas eleições de 2010

Dois anos depois de lançados, os projetos de urbanização de favelas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Rio de Janeiro começam a ganhar velocidade. Nos últimos dias, um formigueiro de operários se desdobra para finalizar os equipamentos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve inaugurar hoje nos complexos do Alemão e de Manguinhos. As obras em favelas deverão formar a principal vitrine do projeto de reeleição de Cabral em 2010 e podem impulsionar a eventual candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência. Foi numa visita às três favelas em março de 2008 que Dilma ganhou de Lula o título de “mãe do PAC”.

Depois de muitas cerimônias de lançamentos feitas pelo presidente e pelo governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), as obras foram intensificadas. Dados obtidos pelo Estado mostram que a execução orçamentária dos projetos foi baixa em seu início. Pouco mais da metade do dinheiro previsto para as obras das duas favelas foi empregada em 2008.

Até o mês passado, menos de 10% da dotação de R$ 219,5 milhões para as favelas do Alemão em 2009 havia sido liquidada. Em Manguinhos, foram empregados menos de R$ 1 milhão dos R$ 107,9 milhões reservados. Na Rocinha, onde as obras estão mais atrasadas, nenhum equipamento está pronto.

Aliado de Lula no PMDB, Cabral tenta superar a popularidade abaixo do esperado, de menos de 30% das intenções de voto. Depois de herdar do casal Garotinho um governo de pouca capacidade de investimento, o governador abraçou o PAC de Lula. Só no projeto de favelas do governo estadual, que atinge também o Complexo Cantagalo-Pavão e o Morro do Proventório, em Niterói, o governo federal entra com R$ 731 milhões do total estimado de quase R$ 1 bilhão.

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