São Paulo – O Brasil retornou para a lista dos dez países mais atraentes para os investimentos estrangeiros. O país país saiu da 13.ª posição obtida em 2002 e passou para a nona posição neste ano, segundo lista elaborada pela consultoria norte-americana AT Kearney. No ano passado, pela primeira vez o Brasil ficou de fora do ranking dos dez mercados mais atraentes. A lista também mostra que pela primeira vez desde 1998, a maioria dos “dez mais atraentes” são países emergentes: como China (1.º), México (3.º), Polônia (4.º), Índia(6.º), Rússia (8.º) e Brasil (9.º).
Também fazem parte da lista dos “dez mais” os Estados Unidos (2), Alemanha (5.º), Inglaterra (7.º) e Espanha (10.º). Quatro mercados desenvolvidos (França, Itália, Canadá e Austrália) saíram neste ano da lista. A volta do Brasil para a lista dos “dez mais” é explicada pela retomada da confiança do investidor estrangeiro no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Já não existe mais a preocupação com possíveis rupturas no ambiente macroeconômico. A elevação da posição do Brasil reflete o julgamento do mercado com o governo Lula”, disse hoje o vice-presidente da AT Kearney, Paul Laudicina.
Segundo ele, a preocupação do investidor internacional com a transição do governo FHC para Lula “já foi dissipada”. Entre os setores da economia brasileira que mais têm potencial para receber investimentos estrangeiros estão os financeiro, de serviços e varejo e de bens de capital.
A pesquisa, denominada Índice de Confiança de Investimento Estrangeiro, considera opiniões de executivos das mil maiores empresas do planeta para determinar uma tendência de investimentos no período entre um e três anos. Essas companhias foram responsáveis por 70% do investimento direto estrangeiro mundial em 2002.
Curiosamente, a melhor percepção do investidor em relação ao Brasil não aumentou a injeção de dinheiro estrangeiro no País. O Brasil deve receber R$ US$ 8 bilhões em investimentos estrangeiros em 2003, uma diminuição de 51,81% em relação a 2002.