Polícia liga crimes a megaquadrilha

A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) relacionou crimes registrados nas últimas duas semanas a um grupo formado por cerca de 30 pessoas.

De acordo com a polícia, dez dessas pessoas já foram identificadas e detidas. Seus nomes não foram divulgados pela DIG.

A megaquadrilha vem agindo há três meses e está ligada a pelo menos quatro crimes: furto de uma lancha recuperada na sexta-feira; furto em uma loja de artigos esportivos, na semana passada; roubo de um carro seguido de extorsão; e também à recente tentativa de homicídio de um comerciante na madrugada de segunda.

De acordo com o delegado da DIG, Haroldo Chaud, os integrantes desse grupo se subdividem e agem na prática dos crimes contra patrimônio em geral, como roubos, furtos, receptação e extorsão.

A forma de agir também é variada, de acordo com Chaud, já que às vezes os suspeitos chegam em carros ou em motos, e, em outros casos, até a pé. “Hoje, muitos crimes envolvem mais de sete pessoas. Isso é feito estrategicamente, para confundir a própria investigação.”

Os integrantes do grupo também fazem empréstimos de armas, veículos e negociam esconderijos entre os minigrupos, como chácaras de parentes e amigos.

A ousadia dos integrantes da quadrilha é tão grande que Chaud comentou que dois suspeitos, que esclareciam ocorrências, chegaram a negociar, dentro da delegacia, a devolução de uma arma que um havia emprestado ao outro.

Outra situação que está se tornando comum na cidade, segundo o delegado, é a entrada de pessoas de classe média e média-alta nesses grupos. Um homem que mora no bairro Ribeirânia foi identificado por furto e extorsão.

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