PMs acusam morto de ter disparado contra eles

São Paulo (AE) – O auxiliar de limpeza do Hospital Samaritano Rogério dos Santos Dias, de 33 anos – morto ao ser baleado por policiais militares da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas), que perseguiam suspeitos de furto de carro na zona leste da capital paulista – será averiguado por resistência à prisão seguida de morte.

O inquérito foi instaurado pelo delegado Guilherme Solano Filho, do 64.º Distrito Policial,  a quem os PMs apresentaram uma pistola de calibre 7.65 e afirmaram que Rogério disparou essa arma contra eles. Os familiares do morto estão revoltados, pois, segundo eles, Rogério jamais portou uma arma.

A família afirma que, depois de jantar na casa da sogra, o auxiliar de limpeza foi, com o filho de 10 anos, em seu Fox recém-comprado, buscar a mulher, Vanda Barbosa da Silva, de 30, na Estação Itaquera do metrô. Assim que chegaram de volta à residência da mãe de Vanda, surgiu na rua um Escort cinza, que era perseguido por dois policiais em motocicletas.

O veículo bateu a roda na guia e parou. Os ocupantes fugiram a pé. Os PMs continuaram disparando. Nesse momento, Rogério desceu de seu carro e, ao chegar na calçada, foi baleado no abdome. Logo em seguida, chegou ao local um carro da PM que o socorreu, levando-o ao Hospital Planalto, onde o auxiliar de limpeza morreu.

O principal motivo da revolta dos familiares de Rogério, que residia próximo dali, na Rua São João do Cariri,168, na Vila Norma, é que o delegado não levou em consideração nenhuma de suas declarações. A autoridade acatou apenas a versão dos policiais militares, que contaram até com a presença e apoio do comandante de seu batalhão, alegaram.

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