PDT admite se fundir com o PPS em 2006

Rio de Janeiro – O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que o “namoro” com o PPS “pode dar em casamento, ou seja, as duas siglas podem se fundir e criar uma terceira, ainda este ano, visando às eleições nacionais de 2006. A Executiva Nacional do PDT se reuniu nesta manhã, no Rio, para analisar os resultados do processo eleitoral e o futuro político do partido criado por Leonel Brizola.

A aliança entre os dois partidos começou em 2002, quando formaram a Frente Trabalhista, que lançou a candidatura de Ciro Gomes, hoje ministro da Integração Nacional. Se mantivessem a aliança em todos os municípios do País, teriam conquistado 611 das 5.592 prefeituras, mais do que as 411 do PT. Ficariam atrás do PMDB, PSDB e PFL. Em Brasília, teriam 38 deputados federais e sete senadores – “pelo menos” – ressaltou Lupi, enfatizando que o novo partido de oposição já nasceria com consistência para atrair políticos insatisfeitos em estar em partidos da base aliada.

Ele negou o retorno do ex-governador Anthony Garotinho para disputar a Presidência – “Não conversamos sobre isso”, mas não descartou essa possibilidade – “em política, quem fecha portas não sobrevive”.

A continuidade da articulação para a fusão dos dois partidos foi reforçada pela elaboração de uma agenda em comum. O PPS enviará uma delegação para o Encontro Nacional do PDT e vice-versa. “Antes do nome (da sigla), queremos discutir um projeto para o Brasil”, disse Lupi, afirmando não ver maiores obstáculos para a fusão.

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