Lula diz que dificuldades com energia vão durar mais 4 anos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que as dificuldades energéticas da Argentina e do Brasil vão durar os próximos quatro anos. Em entrevista exibida pelo canal de TV argentino TN (Todo Notícias), Lula afirmou que os investimentos para exploração de gás na Bolívia são urgentes, mas só terão efeito em 2012.

?A Bolívia tem muito gás, mas esse gás precisa ser explorado. E para ser explorado tem que ter investimentos, e o resultado destes investimentos não aparece no dia seguinte?, afirmou. ?Até 2012, vamos ter que tirar quase que da própria pele para atender às necessidades do mercado argentino, do mercado brasileiro?, destacou. Para essa época, as previsões apresentadas por Lula, são de que a Bolívia deverá estar produzindo o equivalente a 73 milhões de metros cúbicos de gás.

Atualmente, há dúvidas sobre o volume certo da produção boliviana. O presidente da Bolívia, Evo Morales, tem afirmado que é de 42 milhões de metros cúbicos. Mas na última reunião que Morales teve com Lula e a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, no sábado passado, ele disse que essa produção estaria em torno de 45 milhões de metros cúbicos. De qualquer forma, o volume não é suficiente para atender à demanda interna da Bolívia e os mercados do Brasil e da Argentina, todos em franco crescimento.

O presidente Lula voltou a afirmar que a expansão econômica do Brasil e da Argentina tem levado à maior demanda de energia, o que não foi previsto no passado. ?Mas nós não temos tempo de ficar discutindo o que não se fez no passado. Temos que olhar para a frente e ver o que podemos fazer?, disse ele, enfatizando que o problema energético da região é estrutural. Neste sentido, ?a comissão formada por Argentina e Brasil está discutindo mudanças estruturais do nosso modelo energético". "Ou seja, qual é o nosso potencial hidrelétrico? Qual o nosso potencial de termelétrica? Ela vai ser movida a que? A gás? Mas se nós não temos gás, vai ser a óleo diesel que polui o planeta, e que é muito caro? Todos estes são desafios que temos para nós nos próximos quatro anos?, afirmou.

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