Lula discute união entre TIM e Vivo

A possibilidade de mudar as regras do setor de telecomunicações para permitir uma fusão entre TIM e Vivo foi discutida ontem na reunião do ministro das Comunicações, Hélio Costa, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A Telefônica é acionista das duas operadoras móveis que, juntas, teriam 53,5% do mercado nacional.

O tema mostra a preocupação do governo com a potencial repercussão negativa de uma mudança de regras para permitir a compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi (antiga Telemar). Antes disso, já lançou mão de um discurso nacionalista, para formação de "uma grande operadora nacional", e da universalização da banda larga como justificativas para a mudança.

O governo teme ser acusado de beneficiar a Oi, que investiu na empresa do filho do presidente Lula. A Andrade Gutierrez, acionista da Oi, foi a maior doadora do Partido dos Trabalhadores no ano passado. No começo da semana, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, indicou que estavam em estudo mudanças mais profundas no modelo das telecomunicações, contemplando demandas de outros grupos.

Por meio de sua assessoria, a TIM informou que sua controladora, a Telecom Italia, afirmou ser "destituída de fundamento? qualquer informação a respeito de uma fusão com a Vivo. A Telefônica preferiu não comentar o assunto. A união entre Vivo e TIM é apontada como uma das mudanças na regulamentação que agradariam ao grupo espanhol, compensando a permissão da compra da BrT pela Oi.

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