Justiça mantém ambulante na Rua 25 de Março

Se ontem, na Rua 25 de Março, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar suavam para garantir a tolerância zero imposta pela Prefeitura à permanência de camelôs na principal via de compras da cidade, na altura do número 900 uma barraquinha de bijuterias parecia alheia à confusão. O dono do ponto, que trabalha nas ruas da cidade desde 1968, conseguiu voltar ontem para a Rua 25, graças a uma liminar obtida na 14ª Vara de Fazenda Pública. Chegou às 8h30 e trabalhou até às 17h. “É o meu direito”, diz.

O advogado Ernande de Souza Ruvenal, que conseguiu a liminar para o ambulante, diz que tem 16 clientes com pedidos semelhantes e a Justiça pode autorizá-los a voltar à 25 de Março ainda hoje. “Só posso garantir a volta depois que tudo estiver pronto, o que deve acontecer amanhã (hoje). Vai depender da agilidade do oficial de Justiça”, disse. Na segunda-feira da semana passada, a Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras retirou da Rua 25 de Março 74 ambulantes que trabalhavam no local com autorização. Eles foram transferidos por cem dias para o bolsão da Praça Coronel Fernando Costa.

A Prefeitura vai realizar limpeza da rua e do sistema de drenagem da região. A medida visa ainda a coibir irregularidades, como calçadas danificadas e contravenções de trânsito. “No bolsão, a gente não consegue vender nada. É no máximo R$ 30 por dia”, afirma Geraldo Florêncio da Silva, que ontem vendeu na Praça Fernando Costa, mas que aguardava para hoje a liminar que o autorizasse a vender na 25 de Março. O secretário Andrea Matarazzo afirmou que a Prefeitura já acionou a Justiça para tentar derrubar a liminar. “A batalha vai ser na Justiça. Não tem outro caminho”, diz.

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