Jucá diz acreditar na aprovação da reforma tributária

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse não acreditar que seja difícil convencer a oposição a aprovar a reforma tributária. "Acho que o governo entrega um escopo de reforma tributária, que será trabalhada pelo Congresso, e espero que o Congresso possa emendar, melhorar, debater e apresentar à sociedade uma proposta que desonere a carga tributária, que simplifique e que se faça justiça tributária", afirmou Jucá, ao chegar ao Ministério da Fazenda para participar da reunião entre o ministro Guido Mantega, presidentes e líderes de partidos de oposição.

Sobre o pleito dos sindicalistas ao governo para não desonerar a folha de pagamento das empresas na proposta de reforma, Jucá disse que esta é uma questão a ser discutida. "Apesar da posição das centrais sindicais, nós temos ampla condição de discutir isso no Congresso. A reforma tributária que será dada ao País será a reforma aprovada pelo Congresso e, no Congresso, cabe qualquer discussão", disse o líder. Ele também não acredita que a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos com os cartões corporativos do governo possa atrapalhar a votação da proposta de reforma tributária.

"Acho que a reforma tributária é bem maior que qualquer clima específico de briga, de disputa eleitoral e conjuntural de CPI. Nós vamos discutir uma matéria que é fundamental para o País, que muda a realidade brasileira e, portanto, qualquer questão menor deve ser colocada de lado", afirmou Jucá. Ele ressaltou que a questão da CPI também continuará sendo discutida no Congresso, mas disse que "uma questão tão pequena não pode contaminar uma questão tão relevante".

Para Jucá, o ato de o governo ouvir a oposição sobre a proposta de reforma tributária antes de encaminhá-la ao Congresso é um sinal de boa vontade e de responsabilidade. Ao ser questionado se a reforma poderia ser fatiada, Jucá defendeu que o ideal é votar e discutir a proposta integralmente. "Se houver alguma ação de emergência, a nível tributário, ela não pode contaminar a discussão e a reforma tributária. Nós temos, neste ano, processo eleitoral municipal, portanto não há disputa federal e há condições de até vésperas da eleição nós aprovarmos nas duas casas a reforma tributária".

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