Governo usa internet para esclarecimentos sobre gripe A

O Ministério da Saúde montou uma ‘operação de guerrilha’ para reagir aos e-mails com boatos sobre a vacinação contra a gripe suína e esclarecer a população. Além de responder cada mensagem eletrônica a respeito do suposto perigo da vacina, o ministério criou perfis em redes sociais como Twitter, Facebook, Orkut e Formspring.me (site de perguntas e respostas) como forma de ampliar a comunicação.

Resultado: entre 8 de março e 26 de maio, foram 41.361 intervenções. E a equipe responsável pelo serviço passou a ser convidada para dar palestras em outros órgãos públicos, como Ministério Público Federal, sobre como ampliar a participação na rede mundial de computadores.

O trabalho na internet começou em 2007, durante uma campanha de doação de órgãos, quando comunidades sobre o tema foram contatadas e repassaram as informações do ministério. E foi intensificado com a vacinação contra rubéola – o boato da época era que a imunização seria uma campanha de esterilização em massa.

A participação na rede ganhou força com o início da vacinação contra a gripe suína. “Em março, recebi até 40 e-mails por dia de pessoas perguntando se as informações daquele e-mail eram verdade”, diz Marcier Trombiere, chefe da assessoria de Comunicação Social do ministério.

A estratégia foi responder cada mensagem, replicando para todos os destinatários do e-mail e pedindo que a informação “correta e científica” do ministério fosse retransmitida. “O ministério foi impelido a trabalhar de forma ostensiva na internet”, afirma. Hoje, o ministério tem uma equipe de 12 pessoas para monitorar a internet. O tempo médio de resposta é de 15 a 30 minutos.