Fortes chuvas matam 29 nos estados do Sudeste

Rio, São Paulo e Belo Horizonte (AE) – A Defesa Civil Estadual do Rio de Janeiro informou ontem que subiu para 25 o número de mortes em conseqüência das fortes chuvas que atingem o estado fluminense nesta semana, provocando deslizamentos e inundações. Segundo a Defesa Civil Estadual, já são 1.121 desabrigados, 11.102 desalojados, oito feridos e uma pessoa desaparecida. Desde domingo passado, só no Sudeste do País foram registradas 29 mortes. Além das 25 vítimas no Rio, uma criança morreu soterrada em Jundiaí, no interior paulista, e outras três morreram em um acidente com um ônibus de turismo em Minas Gerais.

Os alertas para as fortes chuvas foram mantidos para hoje. Segundo a Secretaria Nacional da Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, as chuvas devem continuar até amanhã nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

Depois do Rio, a situação mais crítica é em Minas Gerais. No estado já chove há 11 dias, causando mais transtornos nas regiões da Zona da Mata, Triângulo Mineiro e sul do estado. De acordo com informações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, desde o dia 1.º de outubro do ano passado 61 municípios já decretaram situação de emergência. A Defesa Civil já contabiliza 11,2 mil pessoas desalojadas e 4,2 mil desabrigados.

A situação também é difícil nas rodovias que cortam o Minas Gerais. Quinta-feira à noite, uma barreira caiu na BR-354, em Itamonte, na região sul. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, o trânsito flui em apenas meia pista. Na mesma rodovia há possibilidade de nova interdição na altura do município de Capivari. Ontem cedo, um barranco desmoronou sobre a BR-381 na altura da cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo, impedindo o tráfego no sentido Belo Horizonte-Vitória.

No sul do estado, alguns municípios estão em situação mais crítica. Os rios que cortam os municípios de Cordislândia e Pouso Alegre transbordaram e provocaram o alagamento de diversos bairros. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, alguns bairros da região norte da cidade também foram inundados, depois que o Córrego Humaitá transbordou.

A Defesa Civil Federal, em Brasília, afirmou estar em alerta e pronta para se mobilizar e auxiliar os estados do Sudeste atingidos pelas fortes chuvas. Ainda segundo a Defesa Civil, inicialmente o socorro que poderia ser dado aos estados é no sentido de ajuda humanitária: abrigos, remédios, alimentação e roupas.

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