Família acompanha busca por universitário desaparecido

É por meio de telefonemas e acompanhamento das notícias em sites espanhóis e nas redes sociais que os familiares por parte de pai do estudante universitário baiano Victor da Silva Lago, de 19 anos, desaparecido desde o dia 1º, em Zaragoza, na Espanha, tentam saber novidades sobre as investigações. A família mora em Salvador e, segundo os integrantes, sente “muita angústia” com a situação e a falta de informações concretas.

Victor, que mora com a mãe, o padrasto, uma tia e a prima na cidade espanhola há dez anos, estuda Administração de Empresas na Universidade de Zaragoza e desapareceu após participar de uma festa de réveillon na cidade. “A angústia está aumentando”, resume Carole Lago, de 24 anos, prima do estudante. “Estamos em estado de exaustão física e psicológica, em uma fase em que começa a dar medo de ver as notícias, por esperar pelo pior.”

Segundo os familiares, apesar de o desaparecimento ter ocorrido há uma semana, as informações sobre as investigações ainda são fracionadas e desencontradas. “Hoje (terça-feira), eles fizeram buscas pelo Rio Ebro (um dos maiores da Espanha, que passa pela cidade), mas disseram que não descartam nenhuma possibilidade”, diz Carole.

“A informação que temos é que a apuração ocorre em segredo, para não atrapalhar as investigações”, conta a prima. “Precisamos que o governo brasileiro seja mais atuante, que pressione as autoridades espanholas e que mantenha a família informada.” Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Consulado-Geral do Brasil em Barcelona acompanha as investigações.

As informações que a família tem são de que ele teria sido visto pelos amigos pela última vez por volta das 7h do dia 1º. Pouco depois, ele teria sido abordado por um policial, na rua, aparentando estar embriagado. Ele apresentou os documentos e teria sido liberado em seguida.

O rastreamento do celular do jovem mostra que o último sinal emitido pelo aparelho foi no fim da manhã do dia 1º, nas proximidades da casa na qual ele mora. “Não temos ideia do que pode ter acontecido com ele”, conta a prima, que lembra do último encontro com Victor, em julho, quando ele veio ao Brasil para o casamento de uma tia. “A gente só espera que tudo termine bem.”

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