Encontro de Lula e Bush cercado de promessas

Washington – O encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush na Casa Branca, na próxima sexta-feira, está sendo encarado pelo governo norte-americano como o ponto que marcará um salto de qualidade no relacionamento entre os dois países.

O diretor de Planejamento Político do Departamento de Estado, Richard Haass, demonstrou que há uma grande disposição dos Estados Unidos de ter um parceria mais sólida e ampla com o Brasil. “Se quisermos ter êxito ao enfrentar muitos dos problemas globais de hoje, vamos precisar ser capazes de nos associar com um país como o Brasil”, disse ele.

Ao justificar tal disposição, ele foi ainda mais enfático. “Não se trata de fazer um favor ao Brasil, mas a nós mesmos. E acho que isso é de interesse de ambos os países.” Haass disse que a visita de Lula será importante porque Brasil e Estados Unidos estão a ponto de ingressar num nível diferente de relacionamento. “Ao falar em nível diferente, quero dizer que será uma relação mais estruturada, com uma interação de mais alto nível, que se tornará mais uma norma do que uma exceção, devido aos nossos interesses mútuos.”

Haass deixou claro que a saúde econômica do Brasil e o peso da diplomacia do País ao lidar com as questões de política internacional são de grande interesse para os EUA. Segundo ele, se os dois países se unirem para lidar com problemas na Colômbia e na Venezuela, por exemplo, assim como no combate ao narcotráfico, “as chances de sucesso cresceriam exponencialmente”. Quanto à economia, as conseqüências seriam igualmente importantes. “É óbvio que, economicamente, o que acontece no Brasil é terrivelmente importante para o mundo.”

Voltar ao topo