Discussão em bairro residencial acaba em morte em SP

Um motorista de caminhão foi morto ontem à noite, em São Paulo, após discutir com o morador de uma rua residencial por causa da circulação de caminhões na via. O morador do bairro Vila Guilherme, zona norte da capital paulista, é suspeito de ter atirado e matado o motorista. O morador fugiu após a discussão e agora é procurado pela polícia pelos crimes de homicídio doloso e tentativa de homicídio.

O crime ocorreu na esquina das ruas Nelson de Morais Lopes, onde fica a transportadora, e Euchário Rebouças de Carvalho, proibida para caminhões. Segundo uma moradora que pediu anonimato, os veículos de carga costumam usar a via residencial como área de manobra e estacionamento, o que causava brigas frequentes. “Já recorremos à polícia e à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), mas não adianta. Os caminhões continuam entrando na rua, arranhando os carros e destruindo as árvores”, disse.

Na noite de quinta-feira, uma nova briga ocorreu. O morador Ivanildo Alves de Lima, 53 anos, se irritou com o motorista Pedro de Almeida, de 64, que manobrava o caminhão em frente ao seu sobrado por volta das 21 horas. A discussão evoluiu para xingamentos, e o caminhoneiro foi tirar satisfações.

No meio do bate-boca, dois filhos de Ivanildo e dois funcionários da transportadora se aproximaram e houve quatro disparos. Uma bala acertou Almeida na cabeça e outras duas atingiram os funcionários Roque Rinaldi Perro, 35, na mão, e Agnaldo Amaral Ribeiro, 46, no punho. O caminhoneiro morreu na hora, e Lima fugiu.

As versões para o crime são conflitantes. A filha de Ivanildo, de 22 anos, disse que ela e seu irmão, de 14, foram agredidos por Almeida, o que levou seu pai a sacar a arma e atirar. Já os outros funcionários afirmam que não houve ofensa física. O delegado do 9º Distrito Policial, onde o crime foi registrado, encaminhou os jovens ao Instituto Médico Legal para fazerem exame de corpo de delito.

Almeida morava em Fernandópolis, no interior do Estado, de onde havia acabado de chegar quando foi morto. Lima está foragido e seus familiares disseram à polícia que não sabiam que ele tinha uma arma guardada em casa. Os dois funcionários da transportadora receberam atendimento no Hospital do Mandaqui e não correm risco de morte.

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