Vaza Jato

Deltan Dallagnol teria plano de negócios para lucrar com palestras, afirma jornal

Deltan Dallagnol. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil.

O procurador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, estudou um plano de negócio para aproveitar a própria fama e lucrar com palestras. É o que revelam supostas conversas vazadas obtidas pelo The Intercept Brasil e publicadas pela Folha de S. Paulo, neste domingo (14). “Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade”, escreveu Deltan à mulher, em dezembro de 2018. A lei proíbe que procuradores gerenciem empresas, apenas podem ser sócios ou acionistas, segundo o jornal.

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Para contornar a questão legal, Deltan cogitou com Robson Pozzobon, outro procurador da Lava Jato, a abertura de uma empresa de eventos e palestras em nome das esposas deles. Os procuradores esperavam lucrar até R$ 10 mil limpos para cada palestra. Deltan e Pozzobon informam que não abriram empresa ou instituto de palestras em nome deles ou de suas esposas e que não atuam como administradores de empresas. Afirmam também que é lícito aceitar convites para ministrar cursos e palestras gratuitos ou remunerados.

Ataque hacker pode vir de qualquer investigado da Lava Jato, diz Deltan

Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o procurador Deltan Dallagnol disse que dorme com a consciência tranquila e que o ataque hacker, que expôs supostas conversas, tem como objetivo barrar a Lava Jato e anular condenações. “A operação atingiu muitos poderosos e detentores do poder econômico”. Sobre a origem do hackeamento, “poderia ser qualquer um deles, além dos corruptos que ainda não foram alcançados pela Lava Jato”.

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Deltan afirmou também que a ideia que a condenação de Lula serviu para tirá-lo da corrida presidencial não passa de uma “teoria da conspiração” e que não houve tentativa de melindrar ox-presidente FHC. Ele lembrou que o MPF investigou poderosos de todo o espectro político – Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, Renan Calheiros, Aécio Neves e Temer, entre outros. “Os fatos deixam claro que influência, dinheiro e poder jamais foram critérios para aferir responsabilidade na Lava Jato”.

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