CPI vai pedir acareação entre comando aéreo e TAM

Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea irão pedir a realização de uma acareação entre as autoridades aeroportuárias – Infraero, Aeronáutica, Anac – e a TAM para tentar apurar possíveis contradições entre elas, em relação ao acidente com o Airbus A-320, ocorrido na terça-feira da semana passada, em São Paulo.

De acordo com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente interino da CPI, a acareação será feita após a análise das duas caixas-pretas obtidas na aeronave. Cunha lidera um grupo de deputados da comissão que faz hoje uma vistoria no Centro de Tecnologia da TAM, em São Carlos, no interior paulista, onde são feitas manutenções de aeronaves da companhia aérea.

Durante a visita ao hangar de manutenção, os deputados não puderam, entretanto, vistoriar uma aeronave A-320, que estava prevista para ser trazida ao local para reparos de rotina ainda hoje. Segundo a TAM, a aeronave está em São Paulo e não pôde deixar a cidade em decorrência dos problemas de ontem no aeroporto da capital paulista. "É frustrante não ter um A-320 e, futuramente, isso será questionado", disse o deputado, que indagou ainda o fato de a TAM ter 60 unidades do A-320 e não ter nenhuma em reparo no hangar de São Carlos.

Na primeira parte da vistoria feita pelos parlamentares, o deputado concluiu que não há dúvidas que a TAM tem capacidade para fazer as vistorias e os reparos nas aeronaves, mas é preciso apurar, segundo Cunha, se a unidade da companhia em São Carlos opera ou não no limite da capacidade. Essa informação só será obtida quando todos os registros de manutenção das aeronaves, que foram solicitados, chegarem à CPI da Crise Aérea.

Os deputados pediram prioridade para o envio dos registros do avião acidentado na semana passada e, em seguida, dos aviões usados recém-adquiridos pela TAM e, por fim, dos demais aviões incorporados à frota. A aeronave acidentada passou apenas por uma manutenção para troca do estofado na unidade da TAM de São Carlos e todo o "check-up mecânico" foi feito ainda em Xangai, na China, de onde foi trazida a aeronave.

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