Condenados ex-delegados da Polícia Federal em SP por corrupção

Os ex-delegados da Polícia Federal (PF) de Ribeirão Preto, Wilson Alfredo Perpétuo e José Bocamino, foram novamente condenados pelo juiz da 4ª Vara Federal do município paulista, Augusto Martinez Perez. Os condenados foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) em julho de 2004, logo após a Operação Lince ser deflagrada para apurar formação de quadrilha de roubos de cargas, adulteração de combustíveis e fraudes fiscais praticadas por policiais federais. O MPF vai recorrer para aumentar as penas dos condenados.

Nesse processo ainda foram condenados, por corrupção e uso de atestado falso, o médico Tomas Young Joon Kim e a psicóloga Rosângela Papa Marchi. Essa é a oitava condenação em primeira instância de Perpétuo, que continua preso e é o único que não poderá recorrer em liberdade, e a terceira de Bocamino. Perpétuo cumpre várias penas devido às várias condenações. Bocamino ficou preso preventivamente até janeiro, quando foi solto. Kim e Rosângela responderam o processo em liberdade.

A sentença judicial acolheu parcialmente a acusação do MPF, que denunciou os policiais federais por abuso de seus cargos em trocas de favores, caracterizando corrupção. No processo, provou-se que Kim emitiu atestados médicos falsos para Rosângela para que ela se ausentasse do trabalho. Os atestados foram solicitados por Perpétuo, a pedido da psicóloga. O médico recebeu em troca o porte de arma de fogo. Conversas telefônicas gravadas, com autorização judicial, confirmam a combinação do crime. Em benefício de Bocamino, Kim empregou em sua clínica a namorada do filho do delegado, mas isso não configura crime.

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