Cidade pernambucana já sofreu 65 tremores em 8 dias

Subiu para 65 o número de tremores registrados em Alagoinha, no agreste pernambucano, a 225 quilômetros do Recife, nos últimos oito dias. O mais forte deles – 3,2 graus na escala Richter – ocorreu na noite de segunda-feira.

Hoje, enquanto a população de Alagoinha recebia a visita do governador Eduardo Campos (PSB), em São Caetano, também no agreste, a 76 quilômetros de Alagoinha, foram registrados outros dois tremores, de 2,1 graus. São Caetano, Caruaru e Belo Jardim, todos localizados no agreste, possuem rede de sismógrafos por serem cenário de constantes tremores de baixa intensidade. O Laboratório Sismológico da Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) possui 35 estações instaladas no Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

Alagoinha, onde até a semana passada nunca havia ocorrido evento semelhante, passa a integrar a área que sofre influência das falhas ativas do chamado Lineamento Pernambucano. De acordo com o técnico do Laboratório Sismológico da UFRN, Eduardo Alexandre Menezes, os abalos podem ser explicados como acomodações de rochas no interior da terra e não provocam danos, por serem de baixa intensidade.

 

Segundo ele, depois que sofreu o primeiro tremor, o natural é que a população de Alagoinha, de 15 mil habitantes, tenha que conviver com eles. “Os tremores devem ocorrer por um período de meses, depois arrefecem, mas passam a fazer parte da rotina, com a ocorrência de um ou dois por mês”, afirmou Menezes, que está no município para estudar a instalação de uma rede de sismógrafos também na cidade.

O governador Eduardo Campos prometeu lançar uma cartilha em linguagem simples explicando o fenômeno e como a população deve agir diante dele. Campos se comprometeu a ajudar no reparo das casas danificadas.

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