O Partido dos Trabalhadores aprovou por unanimidade o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência e o do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para a vice na chapa nas eleições de outubro em convenção nacional da legenda realizada em São Paulo, nesta quinta-feira (21).

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A convenção aprovou por unanimidade a chapa Lula-Alckmin e delegou à executiva os encaminhamentos necessários junto à federação entre PT, PC do B e PV.

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A convenção nacional da sigla se limitou a uma reunião da executiva nacional do partido. O ex-presidente não participou da convenção, que foi fechada à imprensa. Ele cumpre agendas no Recife, Pernambuco, nesta quinta.

Em seguida, ainda nesta quinta, será realizada em São Paulo a convenção da federação entre os partidos PT, PC do B e PV, composta por 18 integrantes.

A avaliação de petistas é que é preciso manter o diálogo com partidos para ampliação do leque das alianças em um eventual segundo turno.

PEC, polarização e violência

Ainda de acordo com membros do partido, só em setembro será possível mensurar o impacto da PEC com ampliação de benefícios sociais aprovada no Congresso com iniciativa do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Por causa da polarização que marcará o pleito deste ano, petistas afirmam que é possível, nos próximos meses, também atrair votos dos indecisos.

Com a oficialização da candidatura, Lula deverá priorizar agendas em estados que a campanha definiu como prioritários, entre eles Paraná, Pernambuco e Bahia, além dos estados do Sudeste.

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) afirma que o partido nem discute se a eleição será resolvida em primeiro ou segundo turno. “Qualquer turno é nosso”, diz. Para ela, o que é preocupante no momento é a escalada de violência política e as ameaças de raiz golpista de Bolsonaro e seus aliados.

A parlamentar diz ainda que é preciso atuar para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permita que um debate sobre esses rompantes seja realizado no Congresso. “Se o Lira quer ficar na canoa, que fique sozinho. Deixe o poder [institucional] para nós.”

Sem a presença de Lula

Antes de a reunião começar, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o encontro de hoje seguiria rito protocolar.

“Acordamos entre os partidos [da coligação], que se fosse para [Lula] participar da [convenção] do PT, todos os outros também iam querer. Nós acordamos que faríamos protocolarmente as nossas convenções e a convenção que participaríamos seria a do PSB, que vai homologar a candidatura de Alckmin para vice”, disse.

A convenção nacional do PSB será realizada no próximo dia 29, em Brasília. Lula irá participar do encontro.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada em junho, Lula aparece com 19 pontos de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), marcando 47% das intenções de voto no primeiro turno. Bolsonaro tem 28%, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 8%.