BNDES espera liberar US$ 17 bilhões em investimentos para 2006

Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) esperava liberar recursos ainda este ano para seis grandes projetos que somados dão mais de US$ 17 bilhões em investimentos totais. Esse foi um dos motivos pelos quais a instituição desembolsou só R$ 47 bilhões em 2005, abaixo da meta que era de R$ 60,8 bilhões. A expectativa agora é que os desembolsos para esses projetos possam começar em 2006.

Para a expansão da Suzano Bahia Sul Celulose, em Mucuri (BA), projeto de US$ 1,28 bilhões, isso é certo. O financiamento do banco, de R$ 2,59 bilhões, chegou a ser aprovado em outubro, mas a fase de contratação tomou o restante do ano e o dinheiro acabou não saindo em 2005.

No caso da Ferrovia Nova Transnordestina, cujo investimento é previsto em R$ 4 bilhões, há dependência de outras áreas do governo federal. Nos demais projetos, ainda faltam decisões por parte dos acionistas majoritários.

O maior dos projetos é o da refinaria de produtos petroquímicos que será uma sociedade entre a Petrobras e o Grupo Ultra com participação do BNDES. Ela ainda precisa de definições como a de onde será instalada dentro do Norte Fluminense. A Unidade Petroquímica Básica (UPB), como é chamada, prevê investimentos de US$ 9,5 bilhões somando suas três fases.

Em parte dos casos, a consulta ao banco não foi formalizada mas os contatos informais para participação já estavam adiantados. Isso ocorre, por exemplo, com o projeto da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) com a ThyssenKrupp para formar a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) em Sepetiba, cujo investimento previsto é de US$ 2,3 bilhões. Há a possibilidade de os acionistas nem recorrerem ao BNDES e optarem por outras formas de financiamento.

Também não há decisão ainda se o BNDES apoiará ou não outra siderúrgica com participação minoritária da Vale, a Ceará Steel, uma sociedade com a coreana Dongkuk Steel e a italiana Danieli, fornecedora de equipamentos. Nesse caso, o financiamento do BNDES para parte do investimento total, de US$ 750 milhões, só pode se dar se for atingida uma participação mínima de conteúdo nacional na siderúrgica, o que contraria alguns interesses da sócia italiana.

O outro grande projeto para o qual o banco esperava liberar recursos ainda em 2005 é o do aumento de produção da CSN. A empresa não decidiu, porém, se vai fazer uma expansão de suas instalações em Volta Redonda ou se investe R$ 6,5 bilhões em uma nova planta em Itaguaí, na região do Porto de Sepetiba.

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