Neste domingo (27), o Palmeiras conquistou o seu nono título de campeão brasileiro com uma rodada de antecipação para o fim do campeonato. Assim quebrou um jejum sem levantar este troféu que durava 22 anos.

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A última vez foi em 1994 batendo na decisão o rival Corinthians. O esquadrão alviverde tinha Roberto Carlos, Edmundo, Rivaldo e Evair, comandados por Wanderley Luxemburgo.

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Boleiros e treinador que costumavam ir aos treinos de Chevrolet Kadett, Fiat Tempra, Honda Civic, Volkswagen Golf, entre outros modelos que faziam sucesso na época no mercado brasileiro.

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Decidimos então fazer uma tabelinha com uma outra paixão do brasileiro, além do futebol, e listamos os carros que mais se destacavam pelas ruas do país na primeira metade do década de 1990.

Lembrando que neste período a indústria automobilística foi chacoalhada com a reabertura do mercado às importações e novas montadoras se instalando por aqui. Quem sai ganhando foram os consumidores, que enfim tinham diversos modelos à disposição. Veja se você já dirigiu um deles:

Volkswagen Gol

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O modelo ainda estava na primeira geração (no total de seis). Era ano de Copa do Mundo nos EUA e a Volkswagen lançava a versão ‘Gol Copa’, comercializada apenas na cor azul claro.

A marca também decidiu simplificar o carro, para torná-lo ainda mais competitivo entre os populares. Os para-choques passaram a ser cinza em toda a linha. Frisos laterais e ventarolas móveis viraram opcionais e os faróis receberam apenas a cor âmbar.

O Gol GTi era o sonho de consumo de muitos apaixonados por veículos esportivos. Encantava a bela combinação de carroceria azul com a parte inferior cinza, aerofólio traseiro e bancos Recaro.

Em 1995 é lançada a geração ‘Bolinha’, que consolidou de vez o modelo no topo do ranking de emplacamentos.

Fiat Uno

Lançado na Europa um ano antes, em 1984 o modelo estreou no Brasil para substituir o cansado Fiat 147. Não caiu nas graças do consumidor logo de cara devido ao seu formato diferente para o padrão brasileiro, o que lhe rendeu o apelido de ‘botinha ortopédica’. A simpatia só veio em 1990, com o lançamento do modelo Mille.

Volkswagen Voyage

Após fazer sucesso na década de 1980, de carona no Gol, o sedã compacto chega a 1994 sem fôlego para seguir adiante. Foi o ano em que deixou de ser produzido no Brasil, restando somente a fabricação na Argentina. Um ano depois sairia de linha para dar lugar ao Polo Classic.

Honda Civic

Em 1992, o sedã começava sua trajetória no Brasil via importação da quinta geração. Primeiro vindo do Japão e a partir de 1994 dos Estados Unidos nas carrocerias hatch, sedã e cupê.

Era bem equipado para época, oferecendo ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, teto solar, airbag duplo e freios ABS. Em 1995 estreia a sexta geração e dois anos depois a fábrica de Sumaré (SP) era inaugurada para a fabricação local do Civic.

Toyota Corolla

O rival do Civic e futuro campeão de vendas no Brasil em seu segmento desembarcou em solo nacional no fim de 1993 e início de 1994. Estava na sétima geração, vinda dos EUA nas versões LE, DX(mais esportiva) e Station Wagon (perua).

Chegava com o status de ter sido por 25 anos consecutivos o carro mais vendido do Japão e o 2.° mais negociado no mundo em todos os tempos.

Entre os itens de série estavam ABS, airbag, ar-condicionado e transmissão automática (opcional).

A configuração europeia, já na oitava geração e de melhor qualidade, só viria a ser importada em 1998, quando também iniciou a produção do carro na unidade de Indaiatuba (SP).

Volkswagen Golf

O Golf desembarcou no Brasil em 1994, inicialmente vindo do México na versão GTi, de duas portas e motor 2.0. Era o carro do então novato atacante Ronaldo ‘Fenômeno’, artilheiro do Campeonato Brasileiro e convocado por Carlos Alberto Parreira para ir ao Mundial dos EUA.

No ano seguinte, vieram outras opções: GLX 2.0 e a básica GL 1.8, importada da Alemanha. O hatch médio era o modelo preferido dos jovens da época. O sucesso foi tamanho que a Volks começou a produzi-lo em São José dos Pinhais a partir de 1999.

Volkswagen Fusca

Ele não poderia faltar nesta lista. Em 1993 o então presidente Itamar Franco sugeriu à Volkswagen que voltasse a fabricar o modelo, estava aposentado no Brasil desde 1986. A marca atendeu e o simpático besouro recebeu o apelido de ‘Fusca do Itamar’.

Mas o carro popular não teve o mesmo sucesso de outrora, principalmente pelo seu acabamento espartano demais diante dos concorrentes da época, como o Fiat Uno Mille e o Chevrolet Corsa, que tinham preços muitos próximos aos do Fusca.

Em 1996, a VW deixou de produzir novamente o carro. A partir daí, ele só seria feito no México. Nesse segundo período, foram fabricados 47 mil exemplares .

Fiat Fiorino

Era um dos veículos comerciais mais vistos pelas ruas nas décadas de 1980 e 1990. Nasceu como furgão derivado do 147, mas também ganharia uma opção picape. Em 1994, já trazia o visual do Uno Mille.

Agradava os consumidores pelo custo razoável na manutenção e ótimo veículo para o trabalho, além de ser robusto, daqueles que aguentava qualquer tranco.

Por outro lado, a queixa vinha pelo alto consumo de combustível, pouco conforto e os inúmeros pontos cegos (ocasionados pelo design do veículo) que dificultavam as manobras.

É produzido até hoje como uma espécie de substituto da Kombi para o comércio.

Chevrolet Corsa

Lançado em 1994, o hatch chamava a atenção pelo projeto moderno. Foi o primeiro carro popular com injeção eletrônica de combustível. Duelou por muito tempo com o Gol e Uno entre os automóveis mais vendidos no país.

A segunda geração só veio em 2002, mas desta vez sem grandes revoluções, perdendo espaço no mercado. Saiu de linha em 2012 dando lugar ao Onix.

Fiat Tipo

O hatch chegou ao país em 1993 esbanjando tecnologia, na versão única 1.6 i.e, de 82 cv. Destacava-se pelo porte e por oferecer alguns mimos incomuns nos nacionais da época, como direção hidráulica, vidros e travas elétricos, banco traseiro rebatível bipartido e ajuste de altura do volante, além de ar-condicionado e teto solar, que eram opcionais.

Logo caiu no gosto do consumidor brasileiro, que o transformou num fenômeno de vendas, brigando cabeça a cabeça com Gol e Uno. Isso motivou a Fiat a expandir a a oferta, com o Tipo SLX 2.0, de 109 cv.

Relatos de incêndios que ocorreram nos modelos 1.6 importados de 1993 e 1995 arranharam a boa reputação do Tipo. O modelo começou a perder mercado também após a sua nacionalização, em 1996, apagando o brilho de ser um modelo importado. A produção foi encerrada em 1997.

Chevrolet Vectra

O sedã médio foi lançado em 1993 e conquistou muito amantes da velocidade na versão GSI, um ícone de esportividade. Era o senhor absoluto em seu segmento até começar a perder espaço para dupla japonesa Civic e Corolla.

O carro resistiu bravamente, mas longe de repetir os tempos áureos da década 1990. Despediu-se em 2011, substituído pelo Cruze.

Fiat Tempra

Sedã que conquistou os mais jovens pelas linhas esportivas desembarcou no Brasil em 1991, derivado do Fiat Tipo, já lançado na Europa.

O carro teve diferentes versões e uma das mais marcantes foi a turbo, de 165 cv, que atingia 212 km/h. Acabou saindo de cena em 1999 para abrir espaço ao Marea.

Chevrolet Kadett

Lançado no Brasil em 1989, o Kadett era um dos principais representantes do segmento de hatches médios. Ele trazia inovações como motor a álcool injetado e vidros do para-brisa e da traseira rente à lataria. Também possui suspensão regulável a ar.

Na primeira metade da década de 90, a versão GSi, com injeção eletrônica e um belo painel digital, fazia a alegria da juventude da época pelo ar de novidade.

O modelo era disponível também na versão conversível. Esta configuração saiu de cena justamente em 1994, já como modelo 1995.

O Kadett foi produzido até 1998, quando foi sucedido pelo Astra.

Volkswagen Santana

Para enfrentar o retorno dos importados, a Volkswagen decidiu reestilizar o Santana em 1991, a ponto de a mudança ser considerada uma nova geração. O modelo incorporava quatro portas e freios ABS, novidade em um carro nacional.

Foi neste período que a Ford apresentou o Versailles, com maior requinte, para substituir o Del Rey. Mas o novo Santana tinha muitos atributos. Teto solar elétrico, volante ajustável em altura, novas rodas, bancos de couro e até CD Player.

O sedã viveria o seu auge de vendas em 1996 devido o alto nível de equipamentos e o preço mais atraente, porém depois disso só desceu a ladeira. Em 2005, parou de ser fabricado no Brasil.