Assentados do Paraná se mobilizam neste mês por mais escolas no campo

O setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná, mobilizou neste ano cerca de 8 mil crianças dos 311 acampamentos e assentamentos do estado para participar, em várias regionais, de manifestações durante todo o mês de outubro.

O objetivo das oficinas pedagógicas e marchas é entregar a prefeitos reivindicações de que sejam implantadas mais escolas municipais e estaduais no campo. Eles querem também a reforma urgente das escolas já existentes.

O coordenador do setor de Educação do MST, Alessandro Santos Mariano, disse hoje (16) que em apenas 92 acampamentos do estado as escolas estão funcionando normalmente. Metade das 30 mil famílias assentadas no Paraná, onde vivem crianças e adolescentes de 5 a 14 anos de idade, ainda sofrem diariamente para mandar seus filhos à escola. "Eles estudam em municípios vizinhos e passam horas em ônibus, e chegam cansados na sala de aula".

De acordo com Mariano, as atividades começaram no início do mês em diversos municípios, faltando apenas Palmital, onde começaram hoje (16) e vão até o dia 18; Planaltina do Paraná, nos dias 28 e 29; Quedas do Iguaçu, 22 e 24; Cantagalo, 2 e 3 de novembro; Renascença, 18 deste mês e Cascavel, que ainda não tem uma data marcada.

Ana Paula, 11 anos, do acampamento Santos Furtado, de Quedas do Iguaçu disse que ela e seus companheiros querem uma escola do campo com professores que ensinem agroecologia, porque quando ficarem mais velhas poderão trabalhar com a terra e tirar o seu próprio sustento. Olavo Pereira, 13 anos, do Assentamento Chapadão, Laranjal, disse que deseja uma educação voltada para a sua realidade e por isso acha importante a escola do campo, "onde todos aprendem a mexer com a terra".

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