Veracidade chega à sua 3.ª edição

Em meio à enxurrada de jornais de bairro, revistas e panfletos informativos, uma nova publicação vem ganhando destaque no mercado editorial curitibano. Saudando momentos históricos da Cidade, o jornal Veracidade, de publicação bimestral e tiragem de 10 mil exemplares, chegou à sua 3.ª edição em dezembro passado, além da edição piloto. Com cada número abordando um ponto da capital paranaense: a primeira dedicada à história de Rua XV, a segunda à Praça Tiradentes e esta última para a dita menor avenida do mundo, Avenida Luiz Xavier, o leitor acompanha a história de Curitiba em 37 páginas com textos e fotos.

Segundo o jornalista responsável pelo jornal, Cid Deren Destefani, cada exemplar deve ser visto como um registro histórico, arquitetônico e social de Curitiba. A cada número o leitor encontra fotos do começo do século 20 até registros atuais, traçando uma linha de como a cidade foi em seus diversos períodos. Dedicada à Avenida Luiz Xavier, a 3.ª edição traz artigos situando o leitor nos aspectos históricos e políticos. Quem foi Luiz Xavier? Como seu nome está nas placas da avenida desde 1911? Registros como desfiles militares; o enterro de Vicente Machado da Silva, acompanhado por uma massa em plena Avenida, a formação do comércio e eventos atuais são bem expostos com textos e fotografias em preto e branco e outras coloridas, inclusive digitalmente, já que chegam a um século de vida.

O jornal tem distribuição nas bancas, a R$ 4,50, e em algumas secretarias de Estado. Assumindo um valor documental, também serve como fonte de pesquisa para estudantes, historiadores, arquitetos e sociólogos.

A página 17 estampa uma fotografia datada de 1927, com o Cine Teatro Avenida (Palácio Avenida) sendo construído e ostentando uma imponência para aquela época. O prédio foi concluído em 1930. Na matéria seguem detalhes sobre seus idealizadores e as primeiras lojas que se instalaram no local.

O nascimento da Boca Maldita é lembrado em carta enviada ao jornal O Estado do Paraná, em 1978, pelo advogado Luiz Fernando Maria Sobrinho. ?Certa noite, o Abrão Fucks, referindo-se à boca largou esta: Vocês só pensam na boca. Nessa Boca Maldita…?, lembra o artigo. Cine Theatro Palace, Cinelândia, Cine Theatro Avenida, confeitarias e cafés moviam o comércio do centro da cidade. Num tempo em que 80 mil habitavam a capital, havia grande movimentação noturna e a população não tinha problemas com os assaltos tão freqüentes hoje em dia.

Para 2006, Destefani reserva 6 publicações contando fatos históricos com documentação fotográfica e periodicidade bimestral. O jornal se reserva o direito de lançar edições especiais quando se fizer necessário. Colaborações e aquisições de números atrasados pelo telefone (41) 3242-7977. 

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