Por altas notas musicais

Desde ontem, o Colégio Estadual do Paraná, que concentra o maior número de aulas e cursos programados pela 22.ª Oficina de Música de Curitiba, viu os estudantes de ensino médio cederem espaço a músicos de diversas áreas, instrumentos, regiões e nacionalidades. Por todos os corredores do local, circulavam figuras apressadas carregando instrumentos e partituras.

Em uma sala no primeiro andar, os organizadores do evento trabalhavam duro para acertar os últimos detalhes e alguns participantes formavam filas para pegar seus crachás e ter acesso à programação do evento. ?Recebemos estudantes de música de todo Brasil e de diversos países do mundo, principalmente da América Latina. Este ano, vamos receber uma pessoa do Casaquistão e uma da Indonésia?, disse uma das coordenadoras da Oficina, Lois Pace.

A 22.ª edição da Oficina contará com 1.080 alunos, sendo 126 estrangeiros. Do total, 854 participam da fase erudita. ?As oficinas são voltadas a pessoas de todas as idades. Temos alunos a partir dos sete anos?, comenta Lois. Os cursos, além do colégio Estadual, estarão acontecendo no Sesc da Esquina, no teatro Guaíra, no Canal da Música e no Solar do Barão.

Expectativa

Entre os estudantes de música, a expectativa em relação ao início das aulas e cursos era grande. ?Teremos aulas com professores internacionais bastante renomados. Do evento quero adquirir material para poder estudar durante todo o ano em minha cidade?, disse o violinista Sérgio Lisboa, vindo de São Paulo.

O trompetista Jesse Meier de Andrade, de Ponta Grossa, pretende participar de quantas oficinas puder. Porém, seu maior interesse é pelos concertos que serão realizados em diversos teatros de Curitiba. ?Acho que posso aprender até mais ouvindo os professores tocar do que tocando. Quero aproveitar ao máximo o evento e sugar todo conhecimento que puder dos instrutores?, afirmou.

Já o violinista barroco Valdir Gomes Filho, de Minas Gerais, valorizou o fato de a Oficina permitir uma integração entre músicos de diversos estados e países. Segundo ele, a participação no evento é muito importante para o currículo de quem estuda música: ?Toco violino barroco e existem poucos cursos na área. Quero aprender mais sobre música antiga e fazer novos contatos?.

Ao contrário do que acontecia em anos anteriores, o evento não é voltado apenas aos músicos. A comunidade pode se envolver assistindo aos concertos apresentados à noite na hora do almoço. ?Estamos nos preocupando em fazer com que a Oficina não seja voltada apenas à parte pedagógica, mas à parte artística. Isso vem despertando o interesse da comunidade?, explica Lois. ?Cobramos um preço simbólico e abrimos os concertos a todos os interessados.?

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A programação completa dos concertos está no site www.oficinademusica.org.br. Na maioria dos locais de apresentação, os ingressos custam 5 reais. No Teatro HSBC, o preço é 1 real. Alunos dos cursos que apresentarem crachá não pagam.

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