O Avesso

Poléxia comemora dez anos do seu primeiro álbum

Em dez anos pode acontecer um bom tanto de coisas. Bandas que surgem,
bandas que param, bandas que desaparecem. Uma banda daqui que parou
em 2009 mas que parece (atenção: parece, não há certeza ainda) que está
voltando aos poucos, meio timidamente, celebrou ontem, num show especial
no Teatro Paiol, os dez anos do seu primeiro álbum. A banda, no caso, é a
Poléxia e o álbum é “O Avesso”.

O teatro não chegou a lotar, mas teve um bom número de antigos, novos e
novíssimos fãs, como Letícia, de apenas 7 anos, prima do vocalista Rodrigo
Lemos, que por vezes roubava a cena dançando sem parar do lado da banda.
Além de Letícia, percebia-se no meio do público um bom número de crianças
mais novas do que o próprio disco celebrado ali no meio da pequena arena.
Talvez filhos (e sobrinhos e primos e irmãos) dos fãs de longa data e que
queriam relembrar das músicas da metade da década passada.

O álbum foi tocado na íntegra, mas não na ordem, porque, como explicariam
depois, não combinaria com o show. Começou pela última música, “Segue”,
emendando com “De Bem Com a Garota do Tempo”. O show continuava
com outras cantadas pelos fãs saudosos, como “Violetas na Janela” e “Ficar
em Casa”. Teve até algumas a banda pouco ou sequer tocava nos shows,
como era o caso da instrumental “Joystick”, que abre o disco, e “Polímeros”.
A apresentação especial ainda contou com algumas participações, como a
de Virgílio Milleo em “Nuvens” e mais um trio de cordas tocando nas últimas
músicas do show (“Melhor Assim” e “Aos Garotos de Aluguel”, entre elas), em
ambos os casos igual ao disco relembrado na noite de ontem.