Nomos leva o corpo à não-significação

Eliana Borges (artes visuais), Mário Carta (música), Paulo Demarchi (música) e Ricardo Corona (poesia sonora), artistas envolvidos com a performance em suas áreas, desta vez, sob a direção de cena de Giovana de Salles (artes cênicas), reuniram-se para apresentar a sessão de performances Nomos.

Um dos moveres será a aproximação um do outro a ponto de não se reconhecerem poeta, músico e artista plástica. E as suas categorias desfazem-se para a performance fazer-se no espaço e, sobretudo, fazer deste espaço um lugar de sentidos incessantes. Um nomadismo que aparece também nas ações, já que estas permitem serem lidas individualmente, mas não como fim ou divisa e sim como margem feita de água.

As ações ocupam lugares, territórios, planos, ambientes numa deriva de gestos que esburacam o logus da definição e movem-se (nomos errático) em direção ao sentido. Antes de mimar ou moldar o corpo com o significado, Nomos move-se em espaço aberto, espaço propriamente espaçoso e mais do que especial. Porque apesar do risco, o corpo deseja o gozo da não-significação. O que poderia querer o corpo nesse espaço de relação que a performance inaugura e que não pode durar?

Serviço:
De 18/08 a 20/08/2009 – Terça, quarta e quinta, às 20h
Preço: GRÁTIS
Teatro da Caixa
Espaço Caixa Cultural
Rua Conselheiro Laurindo, 280
Centro – Curitiba
Telefone: 2118-5232