Morre, aos 68 anos, a coreógrafa alemã Pina Bausch

A coreógrafa alemã Pina Bausch, uma influente personalidade das artes cênicas no século 20, morreu hoje, aos 68 anos. Pina, que viria ao Brasil em setembro, morreu no hospital “de forma rápida e inesperada, apenas cinco dias após ter recebido o diagnóstico de câncer”, informou Ursula Popp, a porta-voz do Tanztheater Wuppertal.

 

A companhia, fundada por Pina Bausch em 1973, estava em apresentação na Polônia, e viria ao Brasil com dois programas: “Café Müller” e “A Sagração da Primavera”. Os dois espetáculos integram a programação da Temporada de Dança do Teatro Alfa, e as apresentações devem ser mantidas, apesar da perda da morte da artista.

Pina nasceu em Solingen, na Alemanha, em 27 de julho de 1940. Estudou na mais importante escola moderna de seu país, a Folkwang, em Essen, e também na escola de dança norte-americana Juilliard. E logo alçou voo autoral. Um de seus méritos, apontam especialistas, foi recuperar o pensamento do coreógrafo Jean-Jacques Noverre (1727-1810), cujo trabalho recebeu o nome de balé de ação.

A retomada da arte de Noverre levou à implosão da fronteira entre dança e teatro – fenômeno estético que os brasileiros puderam conferir no palco do mesmo Teatro Alpha, em 2007, quando Pina Bausch e seus bailarinos, entre eles duas brasileiras, Regina Advento e Ruth Amarante, apresentaram o balé “Água”, que tinha o Brasil como fonte de inspiração. Pina foi casada com o cenógrafo holandês Rolf Borzik, morto em 1980, e atualmente estava casada com o chileno Ronald Kay.

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